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sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Comércio mundial de armas cresceu 24 % entre 2007 e 2011

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Caça F-15SGO comércio mundial de armas convencionais cresceu 24 por cento entre 2007 e 2011 em relação ao quinquênio anterior (2002-2006), de acordo com um relatório divulgado em Estocolmo pelo Instituto Internacional de Estudos para a Paz (Stockholm International Peace Research Institute – SIPRI). Os Estados Unidos continuam a ser os maiores vendedores, e à grande distância da concorrência, a Índia passou a ser o maior comprador e a China tornou-se mais exportador do que comprador. O maior negócio das últimas duas décadas foi o fornecimento de caças F-15SG pelos Estados Unidos à Arábia Saudita em 2011.

De acordo com o relatório, os cinco maiores exportadores mundiais de armamento – Estados Unidos, Rússia, Alemanha, França e Reino Unido – concentraram 75 por cento das vendas durante o período em análise . A quota dos Estados Unidos é de cerca de um terço do total (30 por cento) e subiu 24 por cento entre 2007 e 2011 em comparação com o período anterior.

Todos os principais importadores são agora países asiáticos: Índia (10 por cento), Coreia do Sul (seis por cento), Paquistão (cinco por cento), China (cinco por cento) e a minúscula Singapura (quatro por cento). De 2002 a 2011 a China passou de maior importador para quarto e tornou-se o sexto maior exportador, com um aumento de 95 por cento, situando-se agora a curta distância do Reino Unido. Pequim tem como principal cliente o Paquistão.

Por regiões, a Ásia e Oceania importaram 44 por cento do total, a Europa 19 por cento, o Médio Oriente 17 por cento, a América 11 por cento e a África nove por cento.

O maior negócio dos últimos 20 anos foi a compra pela Arábia Saudita aos Estados Unidos de 84 caças F-15SG, que incluiu a modernização de 70 comprados anteriormente. O valor envolvido foi calculado na altura em 60 mil milões de dólares.

As “Primaveras Árabes” não alteraram o fato de os Estados Unidos serem os maiores fornecedores do Egito e da Tunísia e a Rússia o da Síria – que se reforçou em 580 por cento.

A Rússia está com uma quota de mercado de 12 por cento e tem a Índia como melhor cliente, sendo também o principal fornecedor da Síria. A Alemanha subiu à terceira posição, ultrapassando a França, e tem a Grécia como principal destino das suas exportações. Atenas caiu do quarto posto como comprador em 2002-2006 para o 10º mundial em 2007-2001; no entanto, e apesar da crise, fez dois contratos de compra à Alemanha em 2011.

As importações de armas no continente americano cresceram 61 por cento no quinquênio em análise, com os Estados Unidos à cabeça, oitavo importador mundial. Na América do Sul os maiores importadores são o Chile e a Venezuela, mas o Brasil tem contratos em execução com a França e a Itália que o incluirão entre os maiores compradores. As despesas da Venezuela com armas convencionais cresceram 555 por cento, tornando o país o 15º importador mundial quando era o 46º entre 2002 e 2006.

O relatório do SIPRI considera que se registaram “aumentos significativos” de compra de armamento em regiões como o Norte de África, Sudeste Asiático e o Sul do Cáucaso.

O continente africano gastou mais 110 por cento em armas do que no quinquênio anterior, em especial devido à subida da quota do Norte do continente de 33 para 59 por cento, com um aumento de despesas de 273 por cento. Argélia, África do Sul e Marrocos são os maiores compradores; os gastos deste país aumentaram 443 por cento no último quinquénio analisado.

Fonte: Be Internacional

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