Nos dias 22, 23 e 24 de maio foi realizada mais uma edição do Curso de Teoria Marxista da UFPE. O evento lotou o auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da universidade, mesmo num período de greve, o que demonstra não só a atualidade do marxismo como também o interesse crescente da juventude pelo tema.
O curso foi dividido em três módulos – filosofia, economia e socialismo científico – e a cada dia novas inquietações surgiam nas intervenções dos estudantes. Não por acaso. O momento político que vive o mundo hoje, de aprofundamento das contradições do capitalismo, impõe à sociedade, e especialmente à juventude, a responsabilidade de responder a perguntas como “De onde vem a miséria?”, “Qual a raiz da divisão entre ricos e pobres?” e “Por que, em meio à opulência, reinam a fome e o analfabetismo?”.
No primeiro dia, Edval Nunes Cajá, dirigente do PCR, tratou de fazer um apanhado histórico, desde a primeira forma de organização humana, o comunismo primitivo, até os dias atuais.
No módulo de Economia, o palestrante Rafael Freire tratou de um tema famoso até para os pouco iniciados na literatura marxista: a luta de classes. Em filosofia, foi possível aprender, a partir da explicação do historiador José Nivaldo Júnior, que a realidade está sempre em movimento e que esse movimento é impulsionado pela contradição entre o velho e o novo, que estão em conflito permanente em tudo o que existe na natureza e na sociedade.
Deste modo, oferecendo três belos dias de puro materialismo histórico e dialético, o Centro Cultural Manoel Lisboa, a UJR e o Movimento Correnteza prestaram um grande serviço à comunidade acadêmica e à construção de uma sociedade mais justa e fraterna que, antes mesmo de Karl Marx nascer, já figurava nas ideias dos espíritos mais preocupados com a supressão da desigualdade, com o nome de socialismo.
Thaynnara Queiroz, estudante de Pedagogia da UFPE