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quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Docentes têm um dos salários mais baixos do país

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O ministro da Educação, Aloísio Mercadante, criticou as greves dos professores em todo o País. Segundo ele, não há motivo para essas paralisações, já que o atraso na incorporação das gratificações e na reestruturação do plano de carreira é “político” e não “legal”. Disse ele: “Não vejo o porquê de uma greve neste momento, neste cenário em que o governo demonstra todo interesse em cumprir o acordo, e há tempo para negociar”.

Talvez o ministro não tenha tempo para acessar os meios de comunicação, pois nas redes sociais circula uma tabela, baseada em valores divulgados em editais públicos entre 2008 e 2012, comparando o salário de professores graduados com mestrado e doutorado com o salário de outros profissionais graduados.

De acordo com a tabela, os professores têm toda razão para fazer greves e paralisações. Um professor com doutorado – que leva seis anos para se formar – recebe um salário médio de R$ 4.300, enquanto um policial rodoviário recebe em média R$ 5.782,11, um procurador federal chega a ganhar R$ 14.549,53 e um advogado da União tem um salário até 338,38% maior que o de um professor.

Isso nos mostra que quem não tem motivos para discutir com os professores é o governo federal, já que não demonstra nenhum comprometimento com os profissionais da educação, não incentiva o acesso à universidade e não garante a qualidade do ensino. Com isso, estudantes-trabalhadores são obrigados a recorrer às universidades pagas, que oferecem um ensino ainda mais precário.

Tudo porque o Estado não se importa com as condições de vida da população e com a qualidade dos serviços públicos. Com essa prioridade do governo, resta aos trabalhadores arcar com as contas da crise ou lutar contra os imperialistas que começam a virar as garras dos lucros também para a educação. Assim, sobram para os trabalhadores os cortes nos salários, as reduções dos direitos e a culpa pela precarização do ensino que visa a sua privatização.

A única saída para nós, trabalhadores, seja qual for nossa categoria, é lutar não só por melhorias ou reformas salariais e sociais, mas pelo fim do capitalismo que sobrevive colocando os trabalhadores uns contra os outros e promovendo o massacre e a morte de milhões de nossos companheiros. A única saída é lutar pelo socialismo e por uma pátria onde sobressaia a justiça e o direito a uma vida digna, com nossos direitos respeitados.

Isabela Melo da Silva
Estudante de serviço social na Unicastelo e militante da UJR

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