A greve dos rodoviários do Estado da Bahia atingiu 100% da frota da capital e também várias cidades: Feira de Santana; Vitória da Conquista; Itabuna; Jequié entre outras. Foi iniciada na quarta-feira 23 de maio e terminou no sábado, 26 de maio. A decisão para a volta ao trabalho foi tomada durante assembleia realizada na manhã deste sábado, 26, na sede do Sindicato dos Eletricitários do Estado da Bahia.
A desembargadora Vânia Tanajura Chaves, da 5ª Vara da Fazenda Pública, determinou que os trabalhadores de Salvador deveriam manter rodando 60% do efetivo de ônibus nos horários de pico e no restante do tempo apenas 40% do efetivo de transporte público. Em caso de descumprimento da medida, o sindicato teria que pagar multa diária de R$ 50 mil. Mesmo assim, a categoria manteve a 100% da frota parada, a população teve que utilizar transporte clandestino, mototáxi, táxi, e muitos não conseguiram ir ao trabalho ou locais de estudo.
A categoria, que reivindicava reajuste de 13,8%, quinquênio, fim da terceirização, aumento do ticket de R$ 15 para 30 e seu pagamento também nas férias, aceitou o reajuste de 7,5% determinado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), durante audiência de conciliação. O reajuste salarial foi de 7,5%, incidentes sobre os salários já praticados, a partir da data base de 1 de maio de 2012, e a volta do pagamento do quinquênio, que é a concessão de 5% do salário base para todos os trabalhadores com cinco anos de serviços efetivo e contínuo na mesma empresa. Além disso, cada trabalhador terá direito a tíquete-alimentação para ‘cada dia útil de trabalho’, no valor de R$ 11,20, mediante desconto de até 20% do valor no salário.
Por fim, a greve dos rodoviários foi vitoriosa, mas os donos das empresas de ônibus de Salvador encaminharam pedido à prefeitura de Salvador, de ‘’realinhamento tarifário’’, ou seja, um nome bonito para pedir aumento da tarifa de ônibus R$ 2,50 para R$ 3,15. No pedido, o sindicato das empresas de transporte de passageiros de Salvador (SETEPS) alega o impacto resultante do reajuste salarial dos rodoviários. Agora será a vez dos estudantes, trabalhadores e da população em geral fazerem novamente a REVOLTA DO BUZÚ, pois não dá para aguentar mais um aumento de tarifa.
Redação da Bahia