O Hospital da Restauração (HR), em Recife, PE, foi inaugurado em 1967 e abarca um amplo serviço de saúde, sendo referência no atendimento de politraumatismo, neurocirurgia, queimadura e intoxicação no Norte-Nordeste. 100% vinculado ao SUS, apresenta uma grande demanda de atendimentos ambulatoriais e de emergência, além de internamento e cirurgia adulta e pediátrica.
Apesar do elevado número de serviços prestados, o hospital funciona com várias deficiências que comprometem o atendimento prestado à população e dificultam a vida dos diversos profissionais que lá trabalham.
Sem a realização de concursos públicos e processos seletivos para contratação de funcionários, o hospital funciona com diversos trabalhadores temporários, contratados por plantão, que não recebem qualquer direito trabalhista. Ainda assim, faltam profissionais necessários para a manutenção de alguns serviços médicos: mensalmente, vários procedimentos cirúrgicos são cancelados por falta de médico anestesista.
Para piorar, falta estrutura física e material médico-hospitalar. Os poucos leitos disponíveis de UTI não comportam a demanda do hospital, faltam medicamentos, aparelhos de monitoração estão quebrados e, recentemente, começaram a faltar aparelhos de ventilação mecânica, também conhecidos como respiradores artificiais, fundamentais para pacientes graves que não conseguem manter os movimentos respiratórios por si mesmos. Segundo depoimento do próprio diretor do HR, Dr. Miguel Arcanjo, dos 184 respiradores que o hospital dispõe, mais de 80 encontram-se quebrados.
Da Redação