A direita no Parlamento Europeu rejeitou sem permitir que seja discutido em plenário um relatório sobre exportação de armas que tinha como objetivo tornar coerente e uniforme o critério que impede a venda a países que violam direitos humanos.
“A atitude dos conservadores demonstra claramente que para eles os interesses da indústria armamentista prevalecem sobre os direitos humanos”, comentou a eurodeputada alemã Sabine Losing, da Esquerda Unitária (GUE/NGL), a quem se deve a iniciativa do relatório.
A posição dos eurodeputados de direita na Comissão de Assuntos Externos foi assumida contra um texto de compromisso adotado pelos representantes do GUE/NGL, socialistas, verdes e liberais. “Ao deitar fora o relatório sem que fosse discutido em plenário”, acrescentou Sabine Losing, a direita pretende impedir “qualquer discussão pública sobre um efetivo controlo da exportação de armas de modo a impedir que sejam adotadas medidas mais estritas”.
Em 2008, os Estados membros da União Europeia aprovaram um critério banindo a exportação de armas para regiões em crise ou países que violam grosseiramente os direitos humanos. Este critério, contudo, não é aplicado de modo coerente e uniforme uma vez que existem países como a Alemanha que exportam armas para a Arábia Saudita e o Qatar.
Fonte: BE Internacional