A Copa das Confederações foi evento muito esperado pelo governo brasileiro. A pressão social gerada pela inflação, do povo teria como uma válvula de escape a seleção de futebol. Entretanto, a luta popular colocou em segundo plano o futebol.
Em cartazes pelo Brasil podia se ler: “Queremos padrão Fifa para saúde e educação” ou “Da Copa eu abro mão, eu quero dinheiro para saúde e educação”.
A tabela abaixo mostra a relação de gastos nos estádios da Copa das Confederações:
ARENA | CUSTO – R$ | CAPACIDADE | CUSTO P/ASSENTO R$ |
Mané Garrincha | 1.202.466.858,18 | 71.000 | 16.936,15 |
Mineirão | 677.353.021,85 | 64.184 | 10.553,30 |
Arena Pernambuco | 500.200.000,00 | 46.000 | 10.873,91 |
Maracanã | 1.015.000.000,00 | 78.800 | 12.880,00 |
Arena Castelão | 518.606.000,00 | 60.326 | 8.596,72 |
Arena Fonte Nova | 591.700.000,00 | 55.000 | 10.758,18 |
Para o ex-jogador e atual deputado federal Romário (PSB-RJ), que organizou este relatório, os gastos foram uma fortuna: “Os dados oficiais sobre gastos, obtidos no Portal da Transparência, da Controladoria Geral da União, não deixam dúvidas sobre a exorbitância dos gastos do estádio de Brasília”.
O relatório ainda avalia o atraso das obras, que tinham previsão de entrega para 2012.
Observando a tabela, percebemos que a revogação do aumento das passagens não precisa vir da saúde e da educação, como ameaçaram o governador paulista Geraldo Alckmin e o prefeito paulistano Fernando Haddad. A questão é mais profunda que isso. Podemos, sim, ter os nossos problemas resolvidos se forem prioridade e os gastos dos cofres públicos não forem baseados no lucro de uma minoria.
O relatório foi organizado pelo deputado federal Romário de Souza Faria. Pode ser acessado na íntegra em: http://www.romario.org
Ricardo Senese, São Paulo