No último dia 5 de agosto, indígenas e apoiadores da Aldeia Maracanã, no Rio de Janeiro, reocuparam o espaço do antigo Museu do Índio, na Zona Norte carioca. A reivindicação é que o espaço seja devolvido ao Centro de Etnoconhecimento Sociocultural e Ambiental Cauieré (Cesac), entidade associativa de defesa de direitos e interesses indígenas.
Em março deste ano, o governador Sérgio Cabral ordenou que a Polícia Militar despejasse violentamente dezenas de indígenas que viviam na Aldeia Maracanã sob o argumento de que a derrubada do espaço seria uma das exigências da Fifa para as obras do entorno do Estádio do Maracanã, o que foi desmentido pela própria Fifa.
A Aldeia Resiste! Esta é a principal palavra de ordem dos indígenas e de todos os militantes que se solidarizam com o movimento. Depois de 513 anos de saque e massacre, é hora de lutarmos para que haja a reparação e a garantia dos direitos dos povos originários.
Rafael Coletto, Rio de Janeiro