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sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Dia Nacional de Lutas leva milhares de trabalhadores às ruas

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Dia Nacional de Lutas leva milhares de trabalhadores às ruasMais uma vez, a classe trabalhadora brasileira deu provas de sua capacidade de enfrentamento aos ataques que sofre diariamente por parte dos capitalistas. Quando convencidos e organizados, os trabalhadores podem muito.

No último dia 30 de agosto, as principais centrais sindicais do Brasil e centenas de sindicatos de base realizaram mais um Dia Nacional de Lutas da Classe Trabalhadora. O Movimento Luta de Classes (MLC) esteve presente nos atos em diversas cidades do Brasil. Foram rodovias fechadas e paralisações no transporte urbano em várias capitais, incluindo Belo Horizonte, Porto Alegre, Fortaleza, Salvador e São Luís. Professores da rede pública também pararam por todo o País. Em Brasília e Campinas-SP houve atos nos aeroportos contra as privatizações e por melhores condições de trabalho. Os bancários (que estão em campanha salarial nacional) somaram forças em quase todos os estados, assim como metalúrgicos, petroleiros, químicos, eletricitários, trabalhadores dos Correios, etc.

Em Curitiba, capital do Paraná, mais de 10 mil pessoas foram às ruas. Em Pernambuco, cinco diretores do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Pernambuco (Sindmetal-PE) foram presos arbitrariamente pela Polícia Militar após participarem do fechamento da BR- 101 (Sul), ao lado da indústria de alimentos Vitarella, no Município de Jaboatão dos Guararapes.

Em Goiânia, o ato se concentrou na Praça Cívica e seguiu para frente do escritório do deputado federal e empresário Sandro Mabel (PMDB-GO), dono da indústria de alimentos Mabel. Para defender os interesses de sua classe, a classe dos capitalistas, o deputado propôs ao Congresso Nacional o Projeto de Lei 4.330, que legaliza a prática das terceirizações em todas as atividades econômicas, de todos os setores, sejam públicos ou privados.

A terceirização precariza as condições de trabalho, rebaixa os salários, mascara o vínculo empregatício, dificulta a organização sindical dos trabalhadores, entre outros males. As estatísticas mostram, por exemplo, que de todas as mortes acontecidas em 2011 por acidentes de trabalho, 70% foram de funcionários terceirizados.

O primeiro Dia Nacional de Lutas de 2013 aconteceu em 11 de julho, com uma pauta unitária de reivindicações contendo dez pontos, que se repetiu agora: Contra o Projeto de Lei das Terceirizações (PL 4.330); Redução da jornada de trabalho para 40h semanais, sem redução de salários; Fim do fator previdenciário; Aplicação de 10% do PIB para a Educação; Investimento de 10% do Orçamento da União para a Saúde; Transporte público de qualidade; Redução das tarifas e passe-livre para os estudantes; Valorização e isonomia das aposentadorias; Reforma Agrária; Suspensão dos leilões de petróleo; Democratização dos meios de comunicação.

Rafael Freire, João Pessoa

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