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quarta-feira, 20 de novembro de 2024

ELACS aprova jornada de lutas

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ELACSNos dias 04, 05 e 06 de outubro, foi realizado o 9º Encontro Latino-Americano e Caribenho de Sindicalistas (ELACS), na Cidade do México, com a presença de cerca de 120 delegados de sete países: Equador, Venezuela, Brasil, República Dominicana, Colômbia, Peru e do próprio México.Mais uma vez,Movimento Luta de Classes (MLC) se fez presente,sendo representadopelos companheiros Magno Francisco (Sindicato dos Trabalhadores em Supermercados de Alagoas) e Rafael Freire (Sindicato dos Jornalistas da Paraíba). Também participou Altamiro Nobre, pelo Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de Alagoas (Sintufal).

“Além da oportunidade de participar de um importante evento internacional, onde pudemos aprender mais sobre a realidade de outros países, reforçando nosso espírito de união latino-americana e de solidariedade de classe, fomos indicados para sediar a próxima edição Encontro. Para nós do MLC isto significa um reconhecimento das lutas que temos desenvolvido”, afirma Magno. Por deliberação unânime da plenária final, ficou decidido que o 10º ELACS será realizado no Brasil, em 2015.

O Encontro se deu num momento de efervescência política no México, especialmente pela combativa greve nacional dos professores, que durou dois meses, e pela realização de grandes marchas nas ruas das principais cidades do País no dia 02 de outubro, data tradicional do movimento popular em memória aos 325 estudantes assassinados durante protesto em 1968. A manifestação na Capital mexicana contou com cerca de 50 mil trabalhadores e jovens, que, inclusive, entraram em confronto com a Polícia do Distrito Federal.

O principal debate do evento foi aquestão das reformas trabalhistas em curso em vários países, impondo à classe trabalhadora a retirada de direitos históricos como 13º e 14º salários; contrato coletivo de trabalho; possibilidade de questionamentos na Justiça sobre as verbas rescisórias; quebra da representatividade dos sindicatos; direito de greve; etc. Sobre isso, foi deliberada uma campanha de denúncias articulada internacionalmente e um seminário para 2014 na Colômbia.Outras importantes discussões foram sobre privatização e dependência das economias nacionais ante os monopólios internacionais; jovens e crianças trabalhadoras; situação da mulher trabalhadora; defesa dos recursos naturais; além da necessidade de fortalecer o movimento sindical classista, combativo e revolucionário na América Latina. Para dar continuidade a estes temas foi aprovada a criação de um site unificado do ELACS.

A programação do ELACS transcorreu em três locais simbólicos para a classe trabalhadora mexicana: o Sindicato Nacional dos Ferroviários (o mais antigo do País), o Sindicato Nacional dos Telefonistas e a Universidade Operária do México. Como encerramento do evento, foi fundada uma nova central sindical, a União dos Trabalhadores do México (UTM), reunindo sindicatos classistas de vários estados e setores, como ferroviários, professores, servidores públicos municipais e federais, trabalhadores da Universidade Autônoma do México (a maior da América Latina).

Movimento Luta de Classes (MLC)

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