Reunindo mais de 2.000 estudantes vindos de instituições de ensino superior de todo o País, o 45° Congresso da Federação dos Estudantes Universitários do Equador (Feue) foi marcado por intensos debates sobre as reformas educacionais que vêm sendo promovidas pelo Governo de Rafael Correa e, claro, por um tema que tem chamado a atenção internacional para o Equador, a reserva Yasuní.
As consequências ambientais e sociais da exploração desta reserva florestal para fins de extração e comercialização do petróleo lá existente foram debatidas e duramente criticadas pelos estudantes equatorianos, sendo essa uma das mais importantes lutas atuais contra o Governo.
Vários foram os relatos sobre a intervenção estatal dentro das universidades, o que, na opinião dos estudantes, se constitui como uma grave quebra na autonomia universitária.
Para os representantes da Feue é preciso repensar todo o sistema educacional do País, baseado em uma ação conjunta entre comunidade universitária, sociedade e Governo, de forma em que prevaleça a democracia, visando a verdadeiras melhorias nas instituições de ensino.
Vários estudantes destacaram também o papel de uma postura crítica e rebelde da juventude, enfatizando que esta é a verdadeira força que pode transformaro processo educacional e a própria universidade, o que reforça a necessidade de ampliar o número de jovens com acesso ao ensino superior.
Dentre as bandeiras de lutas aprovadas no Congresso, estão a luta pela gratuidade da educação, pela contratação imediata de mais professores e pela regulamentação das carreiras. O estudante Javico Rojas, da Universidade Estatal de Guayaquil, foi eleito como novo presidente da Feue.
Bacana.