A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) realizará seu 40° Congresso nos dias 28, 29 e 30 de novembro e 01 de dezembro, buscando reunir estudantes de todo o País para debater a situação da juventude brasileira e apontar os rumos para a entidade nos próximos dois anos.
Após, no entanto, está muito distante dos estudantes, como provou a realização do Conselho Nacional de Entidades Gerais (Coneg), no dia 8 de setembro, onde o Congresso foi convocado. Sem o menor compromisso com a discussão e a construção de espaços democráticos dentro da entidade, a diretoria majoritária da Ubes impôsàs mais de 400 lideranças estudantis presentes um evento onde imperou a desorganização, com debates desmarcados euma plenária final que se iniciou com cinco horas de atraso.
Mesmo com todos esses problemas, o Coneg representou uma importante vitória para a oposição na Ubes: o fim das etapas estaduais, mais conhecidas como funil. Desde 1999 a Ubes, passou a adotar um sistema em que os estudantes eleitos nas bases não se credenciavam diretamente ao Congresso Nacional, mas sim eram cortados pelas fraudes da etapas estaduais, o que apenas favorecia à burocracia que comanda a entidade. Com a nova mudança, todos os estudantes eleitos em suas escolas voltam a poder participar do Congresso da Ubes. As eleições dos representantes das escolas acontecerão durante todo o mês de outubro e até, o dia 9 de novembro, ocorrerão os credenciamentos nos estados.
“A oposição vem pautando há vários Congressos o equívoco que era o funil na Ubes. Precisamos urgentemente democratizar a entidade e trazer a base de volta ao seu principal fórum é um passo importante nessa direção. Nessa campanha de mobilização ao Congresso queremos convocar os estudantes de todo o País para que possamos, verdadeiramente, construir uma Ubes com a cara dos estudantes”, declarou Carlos Henrique, diretor de Relações Internacionais da entidade.
Já para Gladson Reis, 1° vice-presidente da Ubes e membro da Coordenação Nacional da UJR, “A participação da juventude na jornada de junho provou o caminho da luta como a única alternativa para conquistarmos um novo País. A diretoria majoritária Ubes, encabeçada pela UJS, infelizmente, vai na contramão disso, pois defendem por completo a realização da Copa do Mundo no Brasil, já que o ministro dos Esportes é do PCdoB, silenciam quanto ao leilão do petróleo, compactuam com o Novo Código Florestal dos ruralistas e vendem nossos direitos, como aconteceu com a restrição à meia-entrada. Enquanto isso, os estudantes continuam sofrendo com uma educação atrasada, escolas sucateadas e professores mal remunerados. Queremos uma nova Ubes, e, por isso, construímos essa luta”.
Coordenação Nacional da UJR