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quinta-feira, 28 de março de 2024

Servidores do Proderj conquistam reajuste histórico

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Após uma longa jornada que durou três anos, os trabalhadores do Proderj – Tecnologia da Informação do Estado do Rio de Janeiro chegaram a uma histórica conquista.

Passando por todas as fases da luta, desde pequenas reuniões com grupos de trabalhadores, conversas individuais para explicar os motivos e objetivos de tanta insistência, assembleias às vezes concorridas e outras esvaziadas, manifestações na porta da Secretaria de Planejamento, seguidas de passeatas, até grandes mobilizações nas escadarias e galerias da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, a Alerj, os trabalhadores e sua associação aprovaram uma nova lei de seu Plano de Carreiras, revisando toda a situação anterior.

Os resultados da campanha salarial 2011-2013 falam por si: todos os salários para quem não está no piso da tabela serão reajustados em 31,13%, no pagamento de novembro de 2013, e em junho de 2014 completam 42,37%. No nível fundamental os ganhos são ainda maiores, chegando a mais de 50%.

Já quem está no piso de Analista de Sistema e de Técnico de Suporte terá reajuste de 83,27% em novembro de 2013 e completa 98,98% em junho de 2014. O piso de Programador chega a 99,27%, em 2013, e 116,35%, em 2014, e o de Assistente Administrativo, 116,67% e 135,24%, em 2013 e 2014, respectivamente.

É fato que essa luta não teria desfecho tão favorável aos trabalhadores se não fossem as grandes jornadas de junho, que colocaram o Governo Cabral e toda sua base parlamentar sob uma enorme pressão, sendo obrigados a negociar uma proposta muito superior à apresentada pelo Secretário de Planejamento, que era de 12,5%.

Uma combinação correta da luta parlamentar com a luta de rua e das mobilizações pode trazer resultados muito importantes aos trabalhadores. Nesta luta, a grande conquista não está nos altos porcentuais de reajustes salariais, apesar de serem expressivos, mas na capacidade dos trabalhadores e suas lideranças de centrarem a discussão com o parlamento na política, no que fazer para garantir ao Proderj o lugar de destaque que lhe é devido. Afinal, trata-se de um setor estratégico para a sociedade e, obviamente, para qualquer governo, menos para Sérgio Cabral e sua turma de tecnocratas e financistas, que fatiaram o governo em áreas de interesses empresariais, terceirizaram a grande maioria delas e passaram a auferir ganhos fabulosos.

Como pode-se concluir, lutar, insistir no objetivo, cair e levantar, unir e reunir a todos os trabalhadores em torno desse objetivo, envolvê-los ao máximo, acreditar que a luta geral é capaz de ajudar a luta específica, saber se utilizar desses momentos de forma concreta, etc., são tarefas que cabem aos trabalhadores, no momento a parte fraca do processo em andamento. No entanto, esse acúmulo de vitórias leva a conquistas maiores, a ocupar espaços mais destacados pela classe trabalhadora e a ela perceber que só depende dela a libertação das amarras que a prende à escravidão assalariada.

Marcos Villela, Rio de Janeiro

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