No dia 27 de Janeiro, se completou um ano do incêndio na boate Kiss, discoteca localizada na cidade de Santa Maria, no estado do Rio Grande do Sul. Esse acidente foi um dos maiores desastres que aconteceram nos últimos anos, 242 pessoas morreram e 116 outras pessoas ficaram feridas, a maioria das vítimas eram jovens universitários. Esse incêndio foi causado pelo acendimento de um sinalizador por um integrante de uma banda que se apresentava na casa noturna. A imprudência e as más condições de segurança ocasionaram a morte de mais de duas centenas de pessoas.
A boate começou a funcionar sem o alvará em 31 de julho de 2009 e depois foi multada seis vezes pela prefeitura. Chegou a sofrer um embargo quatro meses depois de abrir, mas este só durou cinco dias. Somente em 14 de abril de 2010, o alvará foi concedido, porém a boate, continuava com várias irregularidades.
A causa da morte foi o gás lacrimogêneo liberado pela espuma em contato com o fogo. Mesmo gás usado como arma química nos campos de concentração da Segunda Guerra Mundial, nesse caso como meio de extermínio dos judeus. Dessa forma, os universitários que estavam na boate morreram em uma simulação de câmara de gás. A fumaça negra levou apenas quinze segundos para ocupar todo o local.
O descaso do Governo com a situação, e das forças que o representam, prova que aqui no Brasil, vivemos numa falsa liberdade, e que aqui ainda se tortura e se mata por causa da ganância e da sede de lucro de alguns empresários. E que esse, foi apenas um dos casos, de grande divulgação, pois a maioria dos acontecimentos, que prejudicam o povo como a ação da polícia nas favelas, são omitidos, e escondidos pela mídia. A morte de centenas de jovens em Santa Maria não pode ficar impune.
Todo apoio as famílias das vítimas de Santa Maria.
Thais Mátia, é militante da União da Juventude e Rebelião