Dezenas de militantes do movimento social se reuniram em manifestação na cidade histórica de Petrópolis (Rio de Janeiro) com um objetivo: reivindicar a transformação de um dos principais centros de tortura da ditadura brasileira, a Casa da Morte, em espaço de memória.
O ato, organizado pelo Coletivo RJ Memória, Verdade e Justiça junto a várias outras entidades e partidos signatários se reuniu na praça D. Pedro no centro da cidade. A agitação ficou por conta da articulação de jovens do Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis, que cantaram diversos funks e músicas revolucionárias como A Internacional. Várias foram as falas relembrando os heróis que resistiram à tortura e deram suas vidas pela liberdade do povo e uma nova sociedade. Foi destacada também a importância de seus exemplos para o povo e as lutadoras e lutadores dos dias de hoje. Os manifestantes também convocaram a população a participar do ato e se integrar aos grupos de debate e às lutas na cidade, em especial a criação do Centro de Memória.
A Casa da Morte foi um espaço extra-oficial criado pela ditadura para exercer as mais bárbaras torturas. Segundo relatos de militantes da época e também de agentes da repressão, por lá podem ter passado nomes como o de Honestino Guimarães, Heleny Guariba, Fernando Santa Cruz, entre outros.
No jardim da Câmara Municipal o ato foi encerrado com várias cruzes de madeira sendo enterradas, simbolizando os verdadeiros heróis do povo brasileiro. A criação deste, e de outros centros de memória nos locais utilizados pela ditadura para exercer sua violência contra o povo é um passo importante na luta pela afirmação da memória, da verdade, e da conquista de justiça, com a punição de todos os responsáveis por este período da história brasileira. Para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça.
Redação RJ
Gostaria que vocês publicassem aqui no site um artigo sobre os Black Blocks.