O golpe militar que marcou o início da ditadura mais sangrenta da história brasileira teve parte de sua trama montada com a realização, há 50 anos, da famigerada Marcha da Família com Deus, no dia 22 de março de 1964. A marcha tratou de dar um aparente apoio popular ao golpe que derrubou o governo democraticamente eleito de João Goulart e estabelecer um dos governos mais servis ao imperialismo que nosso país já teve.
Para provar que a extrema-direita jamais abandona suas intensões golpistas e tem total aversão a qualquer participação popular na definição dos rumos do país, setores de dentro e de fora do exército estão convocando por diversos meios uma nova edição da Marcha da Família para o próximo 22 de Março, em São Paulo. No vídeo que convoca a Marcha, veiculado através da internet, é possível ver toda a demagogia do discurso da extrema-direita, contrário aos avanços sociais, de propagação do ódio, e também a tentativa de explorar a fé religiosa das pessoas escondendo seu real programa político de retirada de direitos e de aumento da exploração sobre os trabalhadores e o povo.
É preciso responder com energia a essas provocações, organizando atos de frente única contra os fascistas. A frente antifascista de São Paulo convocou para o mesmo dia, na praça da Sé, um ato de denúncia dos 50 anos do golpe militar. A intenção não é a de se confrontar fisicamente com os fascistas, mas de realizar o contraponto defendendo os direitos sociais e a participação dos trabalhadores e do povo na definição do destinos da nação.
Convocamos todos e todas a apoiarem e participarem do ato da frente antifascista, divulgando sua realização e fortalecendo a denúncia dos 50 anos do golpe militar no Brasil.
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Redação São Paulo