Os trabalhadores da rede municipal de ensino do Município de Caruaru, a 120 km do Recife, encontram-se em greve há dois meses e meio. Em assembleia geral promovida pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Caruaru (Sismuc), no último dia 07 de maio, decidiu-se, por unanimidade, pela permanência da greve e pela realização de um novo protesto no aniversário da cidade, no próximo dia 18.
Entre os principais pontos estão a valorização dos profissionais da educação escolar, ingresso na carreira pública por concurso, gestão democrática e piso salarial. A manutenção da greve demonstra grande resistência dos professores, uma vez que estão sem receber salários desde o início do movimento.
A Prefeitura de Caruaru e seu prefeito José Queiroz não estão sequer ouvindo os professores, pois, em nenhum momento, a educação foi tida como prioridade no município, tendo assim escolas sem quadras para a prática de esportes, laboratórios de informática, química ou biologia.
A segurança também é outro fator que deixa a desejar. São frequentes as reclamações por conta dos assaltos contra alunos e funcionários das instituições de ensino. Também há nas escolas o assédio moral aos professores e funcionários, tendo como consequência um mau desenvolvimento do projeto de educação.
A questão é: será mesmo que em um município onde os professores pedem 8% de reajuste salarial e a greve é considerada ilegal o direito à educação é assegurado?
Diante de tudo isso, a Prefeitura de Caruaru se mantém omissa à greve, aos educadores e à sociedade civil. A população caruaruense e todos do nosso país precisam saber o que está ocorrendo no nosso país, onde a própria Constituição está sendo desrespeitada, já que todos os trabalhadores têm o direito constitucional de fazer greve e, acima de tudo, lutar por seus direitos e por uma vida mais digna e justa.
Redação Caruaru