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quinta-feira, 18 de abril de 2024

Aécio Neves usa dinheiro público para fins privados

Aécio-Neves-com-armaAécio Neves sempre se beneficiou da blindagem oferecida pela mídia de Minas Gerais. Governou o estado por oito anos sem que nenhum setor da grande mídia questionasse de maneira séria casos tão obscuros quanto o gasto de mais de mais de R$ 1 bilhão na nova Cidade Administrativa do estado de Minas, um verdadeiro choque de gestão em um estado com um dos maiores déficits habitacionais do país.

Uma vez candidato a presidente, a situação fica diferente. Não é possível comprar todos os jornalistas do país nem mandar demitir alguém que, de algum estado da federação, questione sua mania de misturar interesses privados com o financiamento público.

O mais novo caso aconteceu no município de Cláudio, que fica a 150 km de Belo Horizonte e tem, segundo o censo de 2010, 25.636 habitantes. Aécio Neves mandou construir, no último ano de seu governo, um aeroporto para pequenos e médios aviões ao custo de R$ 14 milhões em área desapropriada no interior da fazendo de seu tio-avô, Múcio Tolentino, irmão da esposa de Tancredo Neves. O próprio Aécio frequenta de maneira assídua uma fazenda que está no nome de seus tios a 6 km do aeroporto.

A grande imprensa, no entanto, não fez uma associação mais óbvia. No ano de 2013, o helicóptero do deputado mineiro Gustavo Perrela, filho do senador Zezé Perrela, aliado político de primeira hora de Aécio Neves, foi encontrado recheado com uma carga de cocaína no estado do Espírito Santo. O Ministério Público Federal, no entanto, apenas incriminou o piloto e o co-piloto da aeronave, e as investigações sobre a responsabilização dos Perrela até hoje não avançaram. Uma pergunta óbvia fica no ar: quantas vezes as aeronaves de propriedade dos Perrela visitaram o aeroporto de Aécio?

Aécio vem baseando sua campanha, até o momento, na defesa de medidas para fazer avançar o país mesmo que sejam impopulares, segundo afirma. Ele não diz claramente quais são essas medidas, mas seu assessor econômico, Armínio Fraga (ex-presidente do Banco Central na época de FHC), já declarou que o salário mínimo está muito alto e isso prejudica a economia. Outra medida seria a de aumentar o preço das tarifas públicas.

Fica claro que, se eleito, Aécio fará voltar aos piores tempos do governo de Fernando Henrique no Brasil, inclusive piorando aspectos como a corrupção e a venda do patrimônio público. Os trabalhadores nada têm a ganhar com um governo desse tipo.

Jorge Batista, São Paulo

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