Jorge Rodríguez, dirigente do Alto Comando Político da Revolução Bolivariana, apresentou, no dia 28 de maio, provas de um plano da extrema-direita para assassinar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. María Corina Machado, porta-voz da extrema direita, seria uma das principais emissárias para promover e desenvolver este plano para atentar contra a vida do presidente. Rodriguez disse que, desde a chegada da Revolução Bolivariana ao poder, com votos da maioria do povo, na Venezuela está em marcha um plano com finalidades claras: derrubar o governo legitimamente eleito. O plano tem cumprido várias etapas, umas contra o líder da Revolução Bolivariana, Hugo Chávez, tal como aconteceu com o golpe de Estado de abril de 2002, e agora contra o atual Presidente da República, Nicolás Maduro.
Ante o desgaste dos focos de violência, as consecutivas derrotas acumuladas pela via eleitoral e o apoio da maioria do povo à Revolução Bolivariana, María Machado teria pedido a Diego Arria “acumular esforços” para “aniquilar” o presidente Maduro.
“Chegou a hora de acumular esforços, fazer as chamadas necessárias e obter o financiamento para aniquilar Maduro”, escreveu em um e-mail Machado a Arria, pré-candidato presidencial nas primárias da oposição em 2012. “O restante cairá sozinho”, acrescentou a ex-deputada no e-mail. Sobre essa proposta, Arria depois consultou Pedro Mario Burelli, ex-diretor da Petróleos da Venezuela quando esta estava nas mãos da burguesia, que qualificou como correta a postura assumida por Machado de assassinar o presidente. “Essa é a atitude”, respondeu Burelli a Arria, através do e-mail.
Rodríguez expôs ao país parte de uma mensagem, também enviada por Machado, via e-mail, ao advogado Gustavo Tarre Briceño, no qual se revela que a direita conta com “um talão de cheques mais forte que a do regime para romper o anel de segurança internacional (do governo)”.
No e-mail enviado através de sua conta, Machado teria confirmado a participação do Governo dos Estados Unidos, através do novo embaixador dessa nação na Colômbia, Kevin Whitaker, nas ações terroristas empreendidas pela direita na Venezuela, e que desde fevereiro passado deixaram um saldo de 42 mortos e mais de 800 lesionados.
“Já decidi, essa luta é até que esse regime se vá e cumpramos a promessa feita a nossos amigos no mundo. Se fui a San Cristóbal e me expus na OEA (Organização dos Estados Americanos), não tenho medo de ninguém, já Kevin Whitaker me reconfirmou o apoio, e indicou os novos passos”, escreveu Machado, segundo Rodríguez.
Essa ação contra o chefe de Estado geraria – segundo o plano – um banho de sangue no país e uma violência desencadeada como condições para uma intervenção estrangeira, advertiu Rodríguez, durante entrevista coletiva realizada em Caracas.
Na lista para o financiamento do golpe de Estado e do plano de magnicídio aparece Eligio Cedeño, um empresário fugitivo do país acusado pela justiça venezuelana de roubar a nação.
Jorge Rodríguez disse ainda que apresentará essas provas à autodenominada Mesa da Unidade Democrática, a cujos integrantes perguntará se apoiam ou não um plano de magnicídio e de golpe de Estado.”Que digam se são partícipes ou não desse plano magnicida e criminoso contra o povo da Venezuela.”
Fonte: Agência Venezuela e Notícias