O quarto ato contra o aumento da tarifa, realizado no centro de São Paulo na sexta-feira, 23, foi mais uma vez duramente reprimido pela polícia militar. Incapazes de responder às demandas populares por qualidade no transporte e sem querer enfrentar a máfia que comanda as empresas capitalistas de transporte da capital, o prefeito Hadad e o governador Alckmin resolveram que a luta contra o aumento deve ser resolvida como caso de polícia.
A disposição do movimento de não ceder às provocações da polícia é encarada com ironia por parte das forças de segurança. Enquanto a marcha segue organizada, com comissões de segurança e convencimento em toda a sua extensão de mais de quase 10 mil pessoas, a polícia cerca a marcha e espera o melhor momento para provocar um tumulto, dispersar a manifestação deter algumas pessoas.
Na última marcha, a assembleia aprovou um trajeto que percorria algumas ruas do centro e terminava na praça da república. O apoio da população mais uma vez foi massivo, com papel picado jogados dos prédios e várias pessoas se juntando a marcha após sair do trabalho. Nem uma grande chuva diminuiu a presença da marcha na altura do metrô São Bento.
Quando a marcha passava por trás do Teatro Municipal, a polícia resolveu provocar a partir do lançamento de um rojão por parte de um desconhecido. Muitas bombas de gás e balas de borracha conseguiram dividir a marcha em três partes que não puderam se reagrupar. Muitos manifestantes ficaram feridos.
No vídeo abaixo, podemos ver a polícia atacando uma aglomeração de manifestantes.
A decisão de barrar o aumento, no entanto, continua firme por parte do povo paulista. Na quinta-feira, 22, o MTST realizou atos em diversas regiões de São Paulo engrossando o caldo das manifestações. O 5º ato contra o aumento das passagens está marcado para a próxima terça-feira, 27, no largo da Batata, zona oeste de São Paulo.
Da redação, São Paulo