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sábado, 5 de outubro de 2024

Crise econômica prejudica os trabalhadores e a juventude

118Desde 2008 que os países imperialistas vivem a mais profunda crise econômica do século XXI e para permanecer lucrando sob a exploração das massas trabalhadoras, vale tudo, inclusive financiar guerras, deixar milhares de trabalhadores desempregados, matar milhões de fome e cortar verbas dos setores primordiais da sociedade, como no caso da saúde, educação e moradia. No Brasil, mesmo com o lema de que a crise econômica não “passaria de uma marola”, os trabalhadores e a juventude já começaram a sentir o peso do verdadeiro “tornado” que avança cada vez mais para o nosso País. Depois de um período eleitoral de forte tensão entre PT/PMDB, PSB e do crescimento  da direita com o PSDB, o PT venceu o segundo turno de forma apertada com o lema de mudança e de transformar o Brasil na Pátria da Educação.

Infelizmente, logo que assumiu o novo mandato, a Presidenta reeleita Dilma Rousseff realizou cortes de verbas em setores que afirmava em sua campanha que seriam prioridades. Esta medida significará um corte mensal de R$ 1,9 bilhão ou, em termos anuais, R$ 22,7 bilhões. Esses gastos foram atingidos na mesma proporção em todos os ministérios, mas em valores absolutos, são maiores no Ministério da Educação (MEC), em grande parte devido às universidades federais. Com isso, o bloqueio chega ao equivalente a R$ 7 bilhões anuais na pasta. Com isso mais uma vez fica provado: para manter o lucro e a ganancia de poucos a maioria sofre e paga pela crise.

No caso mais específico do corte de verbas para educação, esses R$ 7 bilhões já estão sendo sentidos nas universidades públicas e quem mais sofre são os estudantes. Milhares de jovens não receberam as bolsas no mês de janeiro e fevereiro em dias e a explicação dada dos atrasos por parte do MEC é que é devido as regras do contingenciamento provisório do Ministério da Educação, cujo titular é o ex-governador do Ceará Cid Gomes, que afirma sem muita preocupação que responderá pela maior parte do montante a ser economizado, pelo visto para o novo Ministro da Educação, deixar milhões de estudantes sem ter como alimentar-se e pagar suas contas não é algo muito importante.

A precariedade das Instituições publica são cada vez maiores. Os estudantes além de não ter livre acesso ao ensino superior, os poucos que conseguem entrar nas Instituições de Ensino Superior (IES) tem que conviver com falta de salas adequadas, laboratórios, bibliotecas, creches universitárias e a falta de politicas de permanência dos estudantes. Com esse corte financeiro, a situação ficará ainda pior e caberá às entidades estudantis e sindicais fazer uma grande mobilização para barrar essas atrocidades e retiradas dos direitos dos estudantes. Os atrasos nas bolsas foi o começo e precisamos mostrar na prática que não pagaremos por mais uma crise do capitalismo!

Camila Falcão – Coordenadora geral do DCE da UFRPE

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