Uma assembleia dos trabalhadores e trabalhadoras em meio ambiente e saneamento aconteceu hoje na zona norte de São Paulo. Cerca de 200 trabalhadores aprovaram a realização de uma paralisação por tempo indeterminado da categoria com o objetivo de reverter as demissões realizadas pela diretoria da Sabesp e o governo Alckmin.
Desde o fim do segundo turno das eleições no ano passado até o dia de hoje a Sabesp já demitiu 399 trabalhadores e trabalhadoras, conforme apurou o sindicato da categoria. As demissões têm atingido funcionários que por vinte anos ou mais suaram para construir a empresa, mas também a novos funcionários.
As demissões são a forma encontrada pelo PSDB para jogar sobre os ombros dos trabalhadores a responsabilidade pela falta de água em todo o Estado. A prioridade da Sabesp é, como todos sabemos, enviar os lucros e dividendos aos acionistas da bolsa. Com as demissões, os serviços de manutenção e diminuição das perdas de água na rede ficam ainda mais prejudicando afetando, também, a população.
A assembleia debateu táticas de luta para enfrentar esse momento difícil, e não faltaram críticas à diretoria do Sintaema, que apenas em março chamou uma assembleia para reunir toda a categoria e enfrentar esses ataques.
A categoria aprovou por ampla maioria entrar em estado de greve e iniciar um movimento paredista na próxima quinta-feira, dia 19 de março. Uma nova assembleia foi convocada para quarta-feira, 18 de março, com o objetivo de referendar a decisão.
A luta dos trabalhadores da Sabesp é, sem dúvida, parte da luta do povo paulista contra o Estado de penúria imposto pelo governo que é a falta d´água. A solidariedade de toda a classe trabalhadora e dos movimentos sociais é fundamental nesse momento.
Redação São Paulo