UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

MTST e outros movimentos sociais convocam mobilização no dia 15

Outros Artigos

mtstFoi convocado para o próximo dia 15 de abril, quarta-feira, uma manifestação popular contra o ajuste fiscal que beneficia os ricos e contra a retirada de direitos da classe trabalhadora. A convocação é uma iniciativa do Movimento dos Trabalhadores Sem-teto – MTST, apoiada por vários outros partidos de esquerda e movimentos sociais que pretendem trabalhar por uma alternativa à esquerda para atual crise que vive o Brasil. 

No dia de hoje, o regime de urgência para o projeto de lei 4330, que ataca frontalmente os direitos trabalhistas liberando todo e qualquer tipo de terceirização, foi aprovado na Câmara dos Deputados. Também hoje, a presidenta Dilma entregou ao PMDB mais um posto-chave no governo, a articulação política, deixando claro que o caminho do governo federal é ceder tudo o que for necessário para a direita, fortalecendo o projeto conservador e reacionário. 

É por tudo isso que frentes únicas como essas são fundamentais para construir a resistência independente do povo e dos trabalhadores.

Abaixo, reproduzimos o manifesto de convocação do dia 15 de Abril: 

MANIFESTO CONTRA A DIREITA, POR MAIS DIREITOS!

TODOS ÀS RUAS EM 15 DE ABRIL!

 

Vivemos um momento de descontentamento social e grande polarização política no país.

De um lado uma contra-ofensiva conservadora, com manifestações que tentam canalizar essa insatisfação para uma agenda de retrocesso. Elas tiveram eco no Congresso Nacional – que tornou-se um reduto do atraso político, sob o comando de Cunha e Renan Calheiros – e pautou propostas como: a redução da maioridade penal, a PL 4330 da terceirização, a lei antiterrorismo, a autonomia do BC e a PEC da Corrupção, que legaliza as doações empresariais para as eleições. A direita tenta impor a sua agenda política semeando a intolerância e o ódio, propondo políticas que incentivam o racismo, o machismo e a LGBTfobia.

De outro lado, o governo federal faz a opção de jogar o custo da crise mundial no colo dos trabalhadores. O ajuste fiscal e as medidas propostas pelo ministro Joaquim Levy reduzem direitos dos trabalhadores, dificultam o acesso a políticas e direitos sociais, corta investimentos para educação e moradia. Associado ao aumento de tarifas, que vem sendo seguido por vários governos estaduais, só agrava a situação do mais pobres. Sem falar na crise da água em São Paulo que é de responsabilidade do governo tucano no estado.

A política de ajuste fiscal do Governo Federal é indefensável e dá espaço para que as bandeiras levantadas pela direita ganhem apoio.

Entendemos que a saída da crise é pela esquerda. O ajuste deve sim ser feito, mas taxando aqueles que sempre lucraram com as crises. É preciso taxar as grandes fortunas, os lucros e os ganhos com a especulação financeira e na bolsa de valores, limitar a remessa de lucros para o exterior, reduzir drasticamente os juros básicos da economia e uma auditoria da dívida pública. O caminho para mudanças populares no país um Programa de Reformas Estruturais como a tributária, que implante a progressividade nos impostos, a urbana para atender a enorme demanda habitacional do país, a agrária que garanta trabalho e soberania e segurança alimentar para a população e a democratização dos meios de comunicação.

O enfrentamento da corrupção deve ser feito com a defesa clara de uma Reforma Política Democrática, com o fim do financiamento empresarial das eleições e o aprofundamento da participação popular. Neste sentido é preciso fortalecer iniciativas como o projeto da Coalização Pela Reforma Política Democrática, a Campanha por uma constituinte do sistema político e o Devolve Gilmar, que exige a retomada imediata do julgamento da ADI 4650, obstruída escandalosamente a um ano pelo Ministro Gilmar Mendes.

Por tudo isso estaremos nas ruas no próximo dia 15 de abril. É fundamental construir uma agenda política alternativa que combata as propostas da direita e que ao mesmo tempo defenda os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras contra os ajustes antipopulares propostos pelos governos estaduais e federal. Essa agenda comum deve ser a base para a unificação de todos os setores populares e da esquerda em torno de um calendário de mobilizações em defesa e ampliação dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, do povo pobre e de todos os setores oprimidos da sociedade. Deve também apoiar todas as iniciativas de luta e resistência, como a greve dos professores de São Paulo. Contra a direita, por mais direitos.

A pauta do nosso Ato está focada em 3 eixos:

1 – Em defesa dos direitos sociais: Não ao PL 4330 da terceirização e ao ajuste antipopular dos Governos. Pela taxação das grandes fortunas, dos lucros e da especulação financeira!

2 – Combate a corrupção, com o fim do financiamento empresarial das campanhas eleitorais!

3 – Não às pautas conservadoras, à redução da maioridade penal e ao golpismo! Contra o genocídio da juventude negra!

A saída para a crise são as Reformas Populares!

Dia 15 de Abril, às 17 horas, no Largo da Batata, em São Paulo.

Ocorrerão mobilizações também no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza e Curitiba, dentre outras capitais.

Reserve sua agenda, convide mais pessoas e venha para a rua construir uma alternativa popular para o Brasil.

Convocam:

Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST)

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)

Partido Socialismo e Liberdade (PSOL)

Central Única dos Trabalhadores (CUT)

Intersindical – Central da classe trabalhadora

Fora do Eixo / Mídia Ninja

Articulação Igreja e Movimentos Sociais

Igreja Povo de Deus em Movimento (IPDM)

Uneafro

Coletivo Juntos

Rua – Juventude anticapitalista

Coletivo Construção

Movimento de Luta nos bairros e favelas (MLB)

Círculo Palmarino

Juventude Socialismo e Liberdade (JSOL)

Movimento de Luta por Moradia (MLM)

Partido Comunista Revolucionário (PCR)

Pólo Comunista Luis Carlos Prestes

Movimento Periferia Ativa

Movimento de Mulheres Olga Benário

Rede Emancipa

Conheça os livros das edições Manoel Lisboa

1 COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Matérias recentes