SAE/AL ocupa Secretaria de Educação de Alagoas

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SAE/AL ocupa Secretaria de Educação

O Sindicato dos Servidores de Administração Escolar do Estado de Alagoas – SAE/AL – ocupou nesta sexta-feira, 24 de julho, a Secretaria de Educação de Alagoas. Com apitos, buzinas, cartazes e megafone, cerca de 50 manifestantes paralisaram as atividades do órgão, das 9 horas às 16 horas.

O protesto, que contou com o apoio do Movimento Luta de Classes, denunciou a ausência de diálogo por parte do Secretário de Educação e Vice-Governador, Luciano Barbosa, que desde que assumiu o cargo, há 7 meses, ainda não recebeu o SAE/AL para debater a campanha salarial 2015, adotando uma postura de arrogância diante da categoria.

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“Foram várias tentativas de audiência com o Secretário Luciano Barbosa para apresentar as demandas da categoria e ele, literalmente, tem fugido do sindicato. Nossa data-base já venceu desde o mês de maio. Por isso, a partir de agora vamos radicalizar mais ainda as nossas ações, até que esse secretário fujão nos atenda e respeite essa categoria determinante na escola”, afirmou Daniel Calisto, presidente do SAE/AL.

Categoria aprova greve

Por não haver abertura nas negociações, o sindicato, em assembleia realizada dia 21 de julho, deliberou greve para a sua base, que inclui vigilantes, agentes administrativos, secretários escolares, merendeiras, fotógrafos, motoristas e trabalhadores dos serviços diversos e multimeios.

“Reivindicamos concurso público para 1500 trabalhadores, ampliação das turmas do pró-funcionário, curso superior gratuito em parceria com a Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL), o fim do desvio de função e o pagamento de vale-transporte, periculosidade e insalubridade”, completou Calisto.

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A categoria, que possui o menor piso salarial do funcionalismo público estadual, luta também pelo reajuste de 15% e uma atenção especial do governo para a qualificação dos servidores.

“Dos 5500 servidores da ativa, 1400 não tem ensino médio e 800 não concluíram, sequer, o fundamental. Isso faz com que além de termos o menor piso, os trabalhadores não evoluam no plano de cargos e carreiras, tendo baixíssimos salários”, denunciou o presidente do sindicato.

Redação Alagoas
Fotos: Vanessa Sátiro