UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

domingo, 22 de dezembro de 2024

Contra o ajuste fiscal, trabalhadores marcham pelo Centro de Maceió

Outros Artigos

IMG_4889

Nem mesmo a forte chuva, que assolou a capital alagoana, impediu os trabalhadores e a juventude de ir às ruas nesta quinta-feira, 20 de agosto. A manifestação contra o ajuste fiscal, por direitos sociais e por democracia, realizada em todo o país, reuniu cerca de duas mil pessoas em Maceió.

Trabalhadores rurais, sindicalistas, militantes de movimentos de moradia e de partidos políticos de esquerda marcharam juntos pelas principais ruas do centro até o Palácio do Governo de Alagoas, onde simbolicamente foi dada às costas ao Governador Renan Filho que, desde maio, não paga a reposição salarial dos servidores estaduais.

A maioria das falas foram uníssonas em repudiar a atitude do PSDB e da extrema direita que, não aceitando a derrota eleitoral na última eleição presidencial, têm tentado um conjunto de ações golpistas em busca do poder no Brasil.

IMG_4909

“Nosso povo lutou muito pelo fim da ditadura militar e vários deram suas vidas por liberdade e democracia, como os alagoanos Manoel Lisboa e Gastone Beltrão. Portanto, essa manifestação é para dizer não à ofensiva da direita e a qualquer tentativa de golpe”, afirmou Magno Francisco, presidente estadual do partido Unidade Popular pelo Socialismo.

Magno também foi enfático em rechaçar a política econômica do governo Dilma, que joga nas costas dos trabalhadores a conta da crise. Para ele, o conjunto de medidas do ajuste fiscal, como os cortes de direitos trabalhistas e de verbas da educação, saúde e moradia, além do aumento dos juros, da conta de energia e do valor dos combustíveis, só tem piorado as condições de vida do povo brasileiro.

“Dilma e seu Ministro, o tucano Joaquim Levi, a todo momento tem atacado os direitos sociais dizendo ser necessário para enfrentar o momento de crise. Mas que crise é essa que só ataca os direitos dos pobres, enquanto os ricos e banqueiros batem recordes de lucros? Precisamos unir os trabalhadores por aumento geral dos salários, por taxação das grandes fortunas e pela reversão do pagamento da dívida pública em investimentos sociais. Só assim será possível ter uma saída para a crise que favoreça o povo”, completou o representante da UP.

IMG_4929

Os movimentos sociais do campo e da cidade também estiveram nas ruas para defender reforma agrária, reforma urbana e um novo Brasil. Carlos Lima, coordenador da regional da CPT, disse que quando o povo da cidade e do campo se unir, a burguesia não vai resistir. “A crise foi gerada pelos ricos e são eles quem devem pagar por ela. Nosso povo precisa de reforma agrária, de reforma urbana, da democratização dos meios de comunicação e outras reformas populares que acabem com a desigualdade social. Só a nossa união pode vencer a burguesia”, afirmou Lima.

A indignação contra Eduardo Cunha (PMDB) era visível na manifestação. Cartazes com “Fora Cunha” denunciava o responsável por retrocessos históricos em direitos da juventude e dos trabalhadores, como a lei da terceirização e a redução da maioridade penal. “Cunha quer criminalizar ainda mais a juventude, colocando cada vez mais cedo os jovens na cadeia. Para completar, Dilma ainda corta verbas da educação. Nossa luta é por mais escolas e menos cadeia. Queremos um futuro de esperança para os jovens”, afirmou Amanda Balbino, da União da Juventude Rebelião.

Redação Alagoas

Conheça os livros das edições Manoel Lisboa

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Matérias recentes