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quinta-feira, 28 de março de 2024

Movimentos repudiam homenagem a Bolsonaro

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Sapé PCRCentenas de pessoas, representando mais de 20 movimentos sociais da Paraíba realizaram, no último dia 13 de agosto, na cidade de Sapé, a 42 km de João Pessoa-PB, um protesto contra a concessão do título de cidadão sapeense ao fascista Jair Bolsonaro, deputado federal pelo PP do Rio de Janeiro. A homenagem foi aprovada pela Câmara de Vereadores do município no dia 11 de junho.

Quando a notícia da vergonhosa homenagem repercutiu no Estado, provocou a revolta do movimento popular paraibano por que a homenagem joga no lixo a história das lutas protagonizadas pelas Ligas Camponesas de Sapé, uma das mais importantes do Brasil, comandada por João Pedro Teixeira e Alfredo Nascimento, ambos assassinados a mando dos latifundiários da região.

Jair Bolsonaro, ex-agente da repressão na Ditadura Militar, tem se destacado por adotar as posições mais reacionárias dentro do Congresso Nacional, com discursos machistas, racistas e homofóbicos, inclusive fazendo apologia aberta ao estupro e à tortura.

Os manifestantes realizaram uma aula pública na praça central da cidade e depois seguiram em passeata até a Câmara Municipal. Lá os militantes se revezaram no microfone em duras críticas aos vereadores, contando com a aprovação dos moradores de Sapé, que assistiam ao ato. Um dos momentos mais emocionantes foi quando João Batista Domingos, nascido e criado em Sapé, empunhando a bandeira do Partido Comunista Revolucionário (PCR), fez uma fala indignada exigindo que os vereadores tomassem vergonha na cara e, em vez de aprovar homenagens a defensores do massacre do nosso povo, se preocupassem em resolver os problemas da população da cidade, que está abandonada.

Para Clodoaldo Gomes, militante do Movimento Luta de Classes (MLC) e integrante do Comitê Paraibano Memória, Verdade e Justiça, a atitude da Câmara Municipal de Sapé consistiu num monstruoso desrespeito à memória de Sapé e conta com o repúdio de todo o movimento sindical paraibano. “Nós do MLC, propusemos uma moção de repúdio – aprovada por unanimidade – no Congresso Estadual da CUT, e que teve como um dos seus patronos justamente João Pedro Teixeira, liderança histórica das Ligas Camponesas de Sapé”.

Redação Paraíba

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