Governo fascista de Erdogan é responsável por massacre na Turquia

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Ao menos 128 pessoas morreram e centenas ficaram feridas no ataque à bomba contra a Manifestação pela Paz organizada ontem em Ankara pelas organizações sindicais. Leia nota do Partido do Trabalho (EMEP), que perdeu 15 militantes no atentado.

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Erdogan e sua política de guerra são responsáveis pelo massacre!

A despeito de quem reivindique a autoria do atentado, a força por trás desse ato de terror e provocação fascista é o presidente Erdogan e o AKP, arrastando o país ao caos e à guerra num esforço para prorrogar seu mandato. Esse governo belicista em seu palácio* e o MIT – serviço de inteligência militar turco – tinham sob vigilância os responsáveis pelas atrocidades em Diyarbakir, em 5 de junho, e Suruç, em 20 de julho, mas optaram por não fazer nada. O objetivo destes massacres e provocações é disseminar uma política de medo entre a classe operária e os povos do país para estabelecer seu controle. Hoje está claro que a luta contra o poder desse governo, que dá suporte aos massacres e atentados, é também a luta pelo futuro do país.

O terror fascista e as provocações atingem todos os povos e forças de trabalho!

Erdogan insiste em sua política de intervir na questão Síria apoiando grupos bárbaros como o Estado Islâmico e o Al-Nusra, enquanto encerra sem conclusões o processo de negociação da questão curda**; a escalada do conflito através do estabelecimento de toques de recolher, áreas de exceção e intervenções militares em cidades curdas arrastam o país para um clima de guerra.

Os curdos exigem resolução do conflito pela igualdade de direitos; a intenção desta onda de ataques é atingir as forças democráticas do país, os sindicatos, os meios de comunicação, os trabalhadores e todas as forças populares que lutam por seus direitos.

Estes ataques são levados a cabo não só pelas forças estatais, mas também pelas quadrilhas armadas pelo serviço militar de inteligência – MIT – para exercer sua intervenção na Síria. Essa política está em vias de transformar o país em um círculo de fogo, como na Síria.

Hoje é o dia de converter o mundo num campo de batalha contra essa onda de ataques!

O país está num impasse: ou nos entregamos à política de guerra do governo, ou aumentamos a luta por um futuro democrático em que os trabalhadores e povos do mundo vivam em paz e comunidade.

Hoje é dia de propagar a luta em todos os cantos do país e dizer Fora! aos que pretendem continuar sua política inimiga do povo através do terror fascista e das provocações. Hoje é o dia em que os trabalhadores e toda a gente deve transformar os locais de trabalho, fábricas e bairros em campos de luta pela democracia e contra estes ataques.

Unir as forças para exigir punição aos culpados dos massacres e para parar o fascismo!

Fortalecer a luta pela democracia e paz convocando a greve e resistência geral!

Partido do Trabalho (EMEP) – Turquia

Notas:

*Em meio a essa política, Erdogan inaugurou um novo palácio do governo, o mais suntuoso no mundo; mais informações: http://pt.euronews.com/2014/10/29/turquia-erdogan-inaugura-polemico-palacio-presidencial/

**A região curda faz também fronteira com a Síria, onde as forças guerrilheiras revolucionárias femininas curdas exercem a principal resistência ao Estado Islâmico e outros grupos bárbaros, enquanto lutam pela autonomia curda e contra os ataques do governo fascista-nacionalista de Erdogan.