Nas últimas semanas, a ação de grupos terroristas israelenses fez aumentar a tensão e os conflitos nas regiões palestinas ocupadas pelo exército de Israel (Cisjordânia, Jerusalém e territórios ocupados em 1948). Desde o dia 1 de outubro, 34 palestinos foram mortos em confronto com as forças israelenses, enquanto 7 israelenses morreram em ações da resistência com ataques a faca e armas de fogo.
Um dos estopins da violência foi a modificação, por parte de Israel, das regras de visitação da mesquita sagrada de al-Aqsa, um dos principais lugares de oração para os palestinos. Essa medida contraria resoluções internacionais, já que o lugar estava há anos destinado ao controle religioso dos mulçumanos.
Outra atitude que vem despertando a fúria dos palestinos é a violação de todos os acordos internacionais no que diz respeito a construção de novos assentamentos judaicos na Cisjordânia por parte de Israel. Os assentamentos são construídos como enclaves no interior de territórios de maioria palestina e impedem a livre circulação de pessoas, além de despejar moradores de suas casas, terras e impedir o acesso à água.
Em outro episódio, um bombardeio realizado na faixa de Gaza no último domingo, o exército israelense assassinou Noor Hassan que estava grávida, e sua filha, Rahaf, de dois anos de idade.
Manifestações, ações de resistência e de solidariedade internacional estão sendo tomadas na Palestina e pelo o mundo. O enfrentamento a essa escalada terrorista em Israel pode se transformar na 3º intifada palestina.
Em uma manifestação realizada na Faixa de Gaza, Haid Mansour, liderança da Frente Popular de Libertação da Palestina – FPLP, declarou: “Estamos aqui, no coração do acampamento de Jabalya, lugar onde teve início a primeira intifada. Aqui tivemos vários exemplos de heroísmo, sacrifício, e vários mártires. Nos unimos hoje para expressar nosso apoio a todo o povo da Faixa de Gaza, nosso povo em Jerusalém, na Cisjordânia e nos territórios ocupados em 1948. O povo de Gaza continuará a abastecer a revolução com atitude e resistência”.
Este é um momento crucial para levantar a solidariedade ao povo palestino e denunciar os crimes do Sionismo e do Imperialismo. Em São Paulo, está convocado para o próximo domingo, 18 de outubro, uma manifestação unitária de solidariedade. A concentração será às 10h na praça Osvaldo Cruz. Esta manifestação é parte da campanha internacional de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) contra Israel que é desenvolvida internacionalmente.
Sandino Patriota, São Paulo