Continuaremos a viver! Continuaremos a lutar! Contra a política de miséria e de guerra!
Condenamos sem reservas os atentados terroristas que levaram à morte de mais de cem pessoas e deixou muitos outros feridos. Levantamos nossa solidariedade para com as vítimas, seus familiares e amigos.
Está claro que estes atentados têm como objetivo atingir o maior número de vítimas possível, sejam mulheres, homens ou jovens, moradores de bairros populares.
Está claro que estes atentados estão relacionados com as guerras na Síria, no Iraque e no Sarahui, guerras nas quais a França está envolvida. Ninguém pode negar este fato. Mas que lição podemos tirar disto?
Devemos aprofundar o envolvimento militar, bombardear mais, aumentar nossa presença nessas guerras? Essa é a via dos dirigentes dos Estados Unidos, é a via da Rússia… é este caminho que os governantes franceses querem continuar. Mas esta claro que essa via não traz outro resultado que não seja a destruição de vidas humanas e bens materiais, o caos generalizado provocado por essas guerras alimentam o fenômeno do terrorismo.
A situação é grave e cheia de ameaças.
Sim, temos que unir nosso povo, mas recusar e combater as tentativas de divisão ou a formação de frentes sem princípios, notadamente as que se tentaram formar após os últimos atentados de janeiro.
Falamos da unidade dos trabalhadores, das massas populares, da juventude… para luta contra a política de austeridade e de guerra, pelo progresso social e a solidariedade entre os povos. É exatamente este tipo de unidade que os terroristas querem impedir.
Dentro deste contexto, as respostas dadas pelo governo são inquietantes e graves: proclamar a todos os ventos que ‘estamos em guerra’ e iniciar a militarização dos espaçõs públicos decretando estado de urgência, impedindo a realização de assembleias, manifestações e fazendo um apelo pela ‘união sagrada’. A direita e a extrema direita se lançaram a uma perigosa escalada policialesca.
O clima de suspeição geral é perigoso. Este clima alimenta a estigmatização da comunidade mulçumana.
Reafirmamos a necessidade combater a política de guerra e miséria, o que passa por garantir o direito à manifestação, assembleia e reivindicação.
Paris, 16 novembro 2015
Parti Communiste des Ouvriers de France