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sábado, 9 de novembro de 2024

Hospitais Universitários continuam sucateados

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HU_ambulNos últimos meses, os hospitais universitários foram manchetes de jornais pelo país, pela situação precária em que os mesmos se encontram, com leitos fechados, cancelamento de cirurgias, redução nos atendimentos, falta de medicamentos, materiais e equipamentos, demissões, tanto em hospitais que aderiram à Ebserh quanto naqueles que não aderiram.

As notícias publicadas enfatizam que os cortes de verbas do Governo Federal na área da saúde provocaram tal situação. Hospitais como o Antônio Pedro, da UFF e Gaffrée e Guinle, vinculados à Unirio, anunciaram a suspensão de diversos serviços essenciais à população. Problemas semelhantes ocorrem no HU João de Barros Barreto, na Universidade Federal do Pará (UFPA), onde já foram desativados leitos, dentre os quais oito no Serviço de Doenças Infecto-Parasitárias, serviço exclusivo dos HUs, em que foram demitidos médicos e enfermeiros fundacionais e seguranças terceirizados. Além disso, faltam materiais e equipamentos para atendimentos aos pacientes. Na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), pacientes sofrem sem exames devido a equipamentos quebrados.

Diante desta realidade de sucateamento, que afeta todos os HUs, independente do modelo de gestão adotado, tem aumentado o nível de mobilização nos hospitais universitários.

Na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), por exemplo, os servidores que estão trabalhando sob a gestão da Ebserh estão empreendendo um movimento pela melhoria das condições de atendimento à população no Hospital Universitário Lauro Wanderley, em João Pessoa.

Nos últimos meses, a comissão de servidores eleita pela assembleia setorial do Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior da Paraíba (Sintespb) elaborou um relatório detalhado denunciando os problemas encontrados nas principais unidades da instituição e tem exigido a solução deles com várias ações, como reuniões com a gerência do hospital, audiência com a Reitoria, denúncias aos órgãos competentes e realização de atos públicos.

Embora os problemas ainda não tenham sido resolvidos, a luta dos trabalhadores do HULW serve de exemplo às demais bases da Fasubra. A luta cotidiana da Comissão Setorial, com o apoio da direção do Sintespb, tem conquistado a confiança da categoria e reacendido sua esperança de mudar a difícil realidade destas unidades de saúde. E esse é o primeiro passo para resolver os problemas: é reconquistar a confiança na luta.

Clodoaldo Gomes, militante do MLC

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