Uma nova greve geral de 24 horas paralisou a Grécia no último dia 04 de fevereiro. Desta vez, o protesto foi contra a proposta de Reforma da Previdência apresentada pelo governo de Alexis Tsipras, do Syriza, em atendimento às exigências da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
A intenção do Governo Grego é fundir os diferentes fundos de pensões, aumentar a taxação sobre os trabalhadores e limitar o valor máximo das aposentadorias para 2.300 euros. Atualmente, o teto do benefício é de 2.700 euros.
Se aprovada pelo Parlamento, essa será a 12ª mudança nas regras de aposentadoria na Grécia desde 2010. Hoje, os aposentados daquele país recebem 40% a menos do que recebiam há seis anos.
A greve, convocada pelas centrais sindicais do setor público (GSEE) e privado (Adedy), reuniu mais de 100 mil pessoas nas ruas da capital Atenas e paralisou grande parte do sistema de transporte do país. Segundo os manifestantes, 95% dos sindicatos do setor privado aderiram à paralisação. Eles argumentam que a Reforma na Previdência aumentará ainda mais o desemprego, que atualmente atinge 25% da população.
Essa já é terceira greve nacional ocorrida no Governo do Syriza, eleito com a promessa de que poria fim ao ajuste fiscal imposto pelo FMI, mas que traiu a confiança dos trabalhadores gregos e se rendeu à pressão dos banqueiros, promovendo uma série de medidas que retiram direitos e despejam o peso da crise sobre a população.
Da Redação