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sábado, 23 de novembro de 2024

UP lança manifesto sobre a crise no Rio de Janeiro

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asecepederjO governo do Estado do Rio de Janeiro está aplicando um ajuste fiscal contra os servidores e o povo trabalhador. Para manter as regalias dos ricos e poderosos, segue a cartilha de todos os governos estaduais e federal. Somente em isenções fiscais do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o Estado do Rio deixará de arrecadar R$ 6 bilhões em 2016. Grandes multinacionais passam longe de “socializar” os prejuízos da crise. A japonesa Nissan, por exemplo, recebeu crédito de mais de R$ 5,9 bilhões a juros de 1% anual (fonte: Fazenda Estadual), desde 2012, para pagar somente daqui a 30 anos! Trata-se de valor maior que o orçamento previsto em educação estadual em 2016 que é de R$ 4,5 bilhões.

Outra poderosa empresa, a Ambev, recebeu crédito de R$ 760 milhões para a instalação de sua fábrica em Piraí (dívida a ser paga em 20 anos!). A mais recente e polêmica decisão foi a isenção fiscal de R$ 80 milhões da Light, por ocasião da realização das Olimpíadas. Enquanto isso as universidades estaduais terão cortes de 16% (UERJ, UENF, UEZO e Feterj).

O Estado do Rio, também entra na ciranda da Dívida Pública Federal, que consumirá em 2016 R$ 6 bilhões em juros e amortizações do Estado para com a União. Dinheiro que é usado para enriquecer os banqueiros, correspondendo a 49% do orçamento federal.

Que eles paguem a conta da crise!

Está claro pelos números que a economia de gastos prevista em cima do congelamento de salários dos servidores, mudanças na legislação previdenciária do Estado e cortes na educação e saúde são escolhas do Governo Pezão contra a classe trabalhadora, penalizando, sobretudo, os mais pobres. O alardeado déficit do RioPrevidência, de R$ 12 bilhões, poderia ser resolvido numa política de taxação mais firme de fortunas e lucros das multinacionais.

De fato, a crise econômica do capitalismo instaurada desde 2008 nos países centrais, e que se abateu sobre o Brasil com mais força desde 2014, impôs a queda do preço do barril de petróleo, o que gerou queda na arrecadação do Rio em quase R$ 18 bilhões, em que pese os lucros dos acionistas majoritários da Petrobrás terem se mantido intocados.

Mas, tal situação não é culpa da classe trabalhadora, os ricos devem pagar esta conta. A Unidade Popular pelo Socialismo (UP) propõe medidas que salvaguardem os diretos dos trabalhadores e da juventude do Rio. Além de estarmos presentes em todas as mobilizações que apontam o caminho da luta pela superação do atual sistema capitalista, que entre suas mazelas mantém governos eleitos com o dinheiro das elites, que cobram a conta das crises nas costas dos trabalhadores.

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