Apesar das inúmeras dificuldades já existentes na vida dos cidadãos, a população ainda se depara com obstáculos quando promove ações com o objetivo de reivindicar seus direitos e expressar suas insatisfações.
Durante o processo de impeachment colocado pelos setores mais reacionários da política nacional em defesa da burguesia. Novos levantes da juventude se colocaram as ruas em luta unificada pelo “Fora Temer” e desde então o Estado demonstra sua face bestial através das bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha.
No dia 29 de agosto, dia do início da defesa da então presidenta afastada Dilma Rousseff no Senado, tem início um processo de intensificação da luta, com um grande ato chamado pela Frente Povo sem Medo, que foi duramente reprimido pela Tropa de Choque e, nos dias seguintes, o roteiro se repetiu. Estudantes feridos, jornalistas detidos e câmeras quebradas foram as imagens que se viu nas ruas da cidade de São Paulo.
Não podemos negar que o governo de Dilma e sua aprovação da Lei de Segurança Nacional contribuíram para legitimar tal violência, mas o governo golpista já em seus primeiros dias deu indicativo de como vai lidar com as manifestações populares com a intenção de “pacificar” o país, como indicou em seus discurso de posse em rede nacional.
O governo brasileiro não quer pessoas dispostas a contestar, quer que você cumpra somente o seu papel na roda que faz o capitalismo girar. Ir contra as decisões do governo, é visto como uma grande ameaça à ordem e para que isso não aconteça o Estado coloca sua polícia militarizada nas ruas com carta branca para as agressões. As instituições responsáveis pela segurança pública cumprem um papel que não se renova, o da violência.
O show de horrores que foi durante a ditadura militar deixou seus estilhaços, e ainda hoje é possível sentir esses fragmentos. A polícia cada dia se mostra mais preparada para evitar que a população exponha suas indagações a fim de manter as coisas como estão e garantir a retirada de direitos e atrasos que Temer e seu governo querem imprimir sobre o povo.
Camila Araújo e Carlos Eduardo, São Paulo