O governo golpista de Michel Temer se utiliza cada vez mais do poder judiciário para reprimir as forças que constroem a resistência e lutam contra os retrocessos impostos ao povo brasileiro.
A mais nova ação deste governo foi processar a aluna Thais Rachel, dirigente do DCE UFRJ Mário Prata, e o professor Roberto Leher, reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, por convocarem e participarem de um ato em defesa da democracia.
O juiz que está à frente deste ataque é um dos representantes do que há de mais conservador e atrasado em nosso judiciário, Juiz Fábio Aragão, conhecido por perseguir trabalhadores e estudantes do Colégio Pedro II, defender a cura gay e atacar as ocupações que lutavam contra a PEC 55. Agora Aragão manifesta abertamente que não se preocupa em defender a liberdade de expressão se esta estiver contra seus ideais.
Essa liberdade de expressão e de manifestação política foi um direito reconquistado na Constituição Federal de 1988 através de muita luta e mobilização contra a Ditadura Militar, que por meio de seus Atos Inconstitucionais e da repressão perseguiu, assassinou e violentou não apenas a democracia brasileira, mas também todos aqueles que se posicionavam contra os anos de chumbo que se iniciaram a partir do Golpe de 1964.
O processo judicial aberto contra Thaís Rachel Zacharia e Roberto Leher tem como objetivo impedir os movimentos sociais de marcharem em luta pelos direitos da população brasileira.
Essa ação não ataca apenas a estudante e o Reitor; ela ataca todas as organizações que gozam de seus direitos políticos para garantia e a retomada da democracia brasileira. Por isso repudiamos esse processo infudado e anti-democrático e nos juntamos em uma grande rede de apoio e solidariedade à Thaís Rachel Zacharia e a Roberto Leher.
Lutar não é crime.
Da Redação