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quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Comunicado do Partido do Trabalho Americano sobre a agressão dos EUA contra a Síria

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O Partido do Trabalho Americano condena com veemência o ataque realizado no dia 6 de abril de 2017 pela Marinha dos Estados Unidos contra uma base aérea síria. A despeito das declarações da Administração de Trump de que o ataque militar foi uma medida de retaliação visando a proteger os “interesses da segurança nacional”, este ataque é claramente uma tentativa de reforçar a hegemonia dos Estados Unidos no meio da incompetência catastrófica de Trump e de uma infinidade de ambientes geopolíticos crescentes.

Enquanto Trump afirma lamentar as recentes mortes de civis na guerra civil de longa data na Síria, ele defendeu abertamente o assassinato intencional de não combatentes durante sua candidatura. Além disso, Trump difamou publicamente os refugiados do conflito sírio, mostrando que sua Administração e seus apoiadores têm praticamente nenhuma preocupação ou respeito pelas vidas dos povos oprimidos, exceto quando é conveniente em termos políticos.

Tanto Trump como sua Administração não são senão as novas faces da evolução do imperialismo americano. É previsível que uma nação construída sobre a escravidão e o genocídio de povos indígenas e poluída pela chaga do racismo institucional e antagonismo de classe irá, de tempos em tempos, recorrer à violência e assassinatos em massa para alcançar seus objetivos políticos.

De acordo com Trump, o ataque foi lançado contra o aeroporto de Al Shayrat em resposta ao uso de armas químicas, as quais, segundo o Pentágono e o Departamento de Estado, foram utilizadas pelo governo sírio sob comando de Bashar al-Assad. Dezenas de mísseis de cruzeiro Tomahawk foram atirados em bases militares na Síria. Mas este ataque por parte dos EUA não é feito pelo bem da humanidade ou por qualquer princípio ético. Os EUA têm enfiado suas presas há anos. Assim como no Iraque e na Líbia anteriormente, a humanidade sempre vem em segundo lugar para a classe dominante na sua busca incessante por lucros. A alegada ética do Estado imperialismo é nada mais do que uma farsa.

Esse ataque também demonstra o fortalecimento dos antagonismos internacionais entre as potências imperialistas. Os EUA e seus aliados da Otan, de um lado, e a Rússia e China, do outro, estão caminhando cada vez mais rapidamente para a guerra. Seus exércitos e navios estão em confronto em muitas regiões do mundo, como na Síria, na Península Arábica, no Mar do Sul da China, na região Báltica e na Ucrânia. As ameaças de guerra estão nesse momento sendo expressas mais abertamente do que nunca.

O imperialismo vê a Guerra como solução para as crises econômicas e a estagnação; lucros novos e enormes podem ser obtidos através da guerra e da destruição, e subsequentemente através da reconstrução e dominação das regiões devastadas pela guerra. Há um risco cada vez maior de que os conflitos regionais instigados pelas potências imperialistas, particularmente os EUA, evoluam para uma guerra mundial.

Este ataque é outro exemplo flagrante do imperialismo “humanitário” e tem graves consequências para os povos do mundo. Os povos do mundo têm visto esse tipo de agressão repetidas vezes, em Hiroshima e Nagasaki, Coreia, Vietnã, Nicarágua, El Salvador, Argentina, Granada, Iraque, Líbia, e muitos, muitos outros lugares no mundo. O ataque da América à Síria é igual a esses atos de agressão mencionados anteriormente e deve ser veementemente oposto pelos que lutam para trazer justiça, compaixão e eventual paz para a humanidade.

O Partido do Trabalho da América:

– Condena resolutamente e com veemência o ataque dos EUA contra a Síria. Nós nos opomos a qualquer ato de agressão contra a Síria.

– Condena com veemência o regime neofascista de Trump,  seu belicismo e agressão militarista, e sua violação da soberania da Síria.

Não à guerra com a Síria e Rússia!

Não à Otan e todos os agressores imperialistas!

Solidariedade internacional – nossos inimigos não são outros trabalhadores e povos, e sim os governos belicistas em nossos países!

Tradução: João Pedro Chacon

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