Neste último dia 18 de setembro, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo inaugurou, nas dependências do Cemitério do Campo Grande, na zona sul da cidade, uma placa de memória em homenagem aos mortos e desaparecidos pela ditadura militar fascista.
A cerimônia contou com a presença de ativistas, estudantes, familiares e militantes do PCR e da UJR, fazendo parte da série de homenagens, feitas neste mês de setembro, nos cemitérios em que foram encontrados corpos e restos mortais de vítimas da ditadura. Na placa inaugurada figura o nome de três grandes heróis do nosso povo que tombaram na luta contra a ditadura: Santo Dias da Silva, Manoel Lisboa de Moura e Emmanuel Bezerra dos Santos.
O operário Santo Dias foi morto enquanto organizava os trabalhadores na greve dos metalúrgicos, em 1979. Santo foi alvejado por tiro do policial militar Herculano Leonel, em frente à Fábrica Sylvânia, na cidade de São Paulo. Devido à intensa mobilização da época e a coragem de sua esposa, Ana Maria (que esteve presente na cerimônia), seu corpo não foi levado pelos agentes fascistas, sendo enterrado no Cemitério do Campo Grande.
Foi também neste cemitério que repousaram durante anos os restos mortais de Manoel Lisboa de Moura e de Emmanuel Bezerra dos Santos, heróis do povo brasileiro que deram suas vidas pela liberdade no Brasil, destacados dirigentes do Partido Comunista Revolucionário (PCR).
Manoel e Emmanuel foram assassinados nos porões do Dops e do DOI-Codi, em 1973, após sofrerem com a crueldade dos facínoras que governavam o Brasil. Apesar da ação vil dos torturadores, nossos heróis comunistas mantiveram-se firmes e corajosos, nada revelando dos segredos da organização. Morreram como revolucionários dignos, exemplo de conduta e abnegação, reafirmando a convicção em suas ideias e o amor à humanidade.
Redação SP