O dia 25 de novembro o Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher. A data foi instituída na Assembleia Geral da ONU, em 1999, devido ao assassinato das irmãs Mirabal (Patria Mercedes, Minerva Argentina, María Teresa), ocorrido nesta mesma data, em 1960, por ordem do ditador da República Dominicana, Rafael Leônidas Trujillo.
Nesta data, mulheres de várias partes do mundo organizam atos, manifestações e denunciam que a violência contra a mulher é algo global e estrutural, fruto do sistema capitalista, patriarcal, e racista.
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública registrou o maior número de mortes violentas da história, 61.619 casos, apenas em 2016. O número de mortes de mulheres foi de 4.657, mas apenas 533 casos foram registrados como feminicídio. No Brasil, 61% dos feminicídios foram de mulheres negras, as principais vítimas em todas as regiões – a exceção da Sul –, merecendo destaque a elevada proporção deóbitos de negras nas regiões Nordeste (87%), Norte (83%) e Centro-Oeste (68%).
Compreendendo a importância dessa luta, a Unidade Popular (UP) e o Movimento de Mulheres Olga Benario realizaram em várias capitais do Brasil agitações políticas em torno da dura realidade que atinge a grande maioria das mulheres. Seja nas ruas, seja nos ônibus, no trabalho e na própria casa, as mulheres sofrem todos os dias diversas violências.
Nos atos que ocorreram em várias cidades foram feitas coletas de apoiamentos para a legalização da UP com agitações, brigadas do jornal A Verdade, panfletagens e conversas com a população, contando com participação de mulheres trabalhadoras, mães, donas de casa e jovens que acreditam num mundo sem violência contra as mulheres.
Claudiane Lopes, da Coordenação do Movimento de Mulheres Olga Benario