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domingo, 6 de outubro de 2024

MLC participa de manifestações dos técnico-administrativos das Universidades em Brasília

A ação foi convocada pela Fasubra para pressionar as negociações com o Governo

 

Caravanas de técnico-administrativos das universidades públicas federais, vindas de várias partes do Brasil, reuniram-se em Brasília, convocadas pela Federação dos Sindicatos dos técnico-administrativos (Fasubra), para pressionar o Governo Federal e os parlamentares em defesa da aposentadoria e contra a reforma previdenciária.

 

Na madrugada de segunda-feira (27), os sindicalistas posicionaram-se no Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPOG) de forma a impedir a entrada em todas as portas do prédio. Ao amanhecer, quando os servidores começaram a chegar, foram informados que só haveria expediente quando os representantes do Ministério aceitassem uma negociação sobre o descumprimento do acordo de 2016 e pela manutenção do plano de cargos e carreiras dos técnico-administrativos (PCCTAE).

 

Segundo a assessoria da Fasubra, “desde setembro de 2016, o governo federal se recusa a dialogar com os representantes dos trabalhadores. No total, foram 13 ofícios enviados ao Ministério da Educação (MEC), sem resposta ou até mesmo justificativa à Federação”. Mas com a pressão dos técnico-administrativos no MPOG, o secretário de Gestão de Pessoas, Augusto Chiba, finalmente recebeu a direção da Fasubra, que apresentou as reivindicações da Categoria. Ficou acertada uma audiência para negociar a pauta da categoria, nos próximos quinze dias.

 

Os técnico-administrativos estão em greve desde o dia 10 de novembro em defesa da Carreira, reivindicando negociação salaria, contra o aumento da contribuição previdenciária, contra a Reforma da Previdência, pela revogação do PDV, em defesa do ensino superior público, gratuito e de qualidade, em defesa dos serviços públicos, contra o PL 116/17 – demissão por avaliação negativa (fim da estabilidade),  em defesa dos hospitais universitários e pela revogação da reforma trabalhista.

 

No dia seguinte, terça-feira (28), os técnico-administrativos das universidades, junto a outras categorias de servidores públicos, realizaram um grande protesto, com cerca de três mil pessoas, em frente ao anexo II da Câmara dos Deputados, para pressionar contra a Reforma Previdenciária que, na prática, impede que trabalhadores públicos e da iniciativa privada alcancem o tempo de serviço exigido para terem uma aposentadoria digna depois de décadas de trabalho e contribuição à previdência. Parlamentares dos partidos contrários à reforma participaram da manifestação.

 

A Polícia Militar do Distrito federal ainda tentou tirar o carro de som da frente da Câmara e impediu a passagem de parte dos manifestantes até o local do ato, mas os sindicalistas ocuparam a avenida de acesso ao Congresso e só liberaram a passagem com a garantia de liberação do carro de som e do restante da caravana.

 

Os companheiros do Movimento Luta de Classes que integram a categoria em alguns estados, como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Alagoas e Paraíba, participaram ativamente das ações de greve em Brasília, demonstrando o compromisso com as lutas de todos os trabalhadores por melhores condições de trabalho é uma vida mais digna. Além disso, nessas ocasiões, os militantes do MLC aproveitam para dialogar com os trabalhadores sobre a necessidade de mudanças estruturais na sociedade, sem as quais seremos sempre reféns dos interesses de uma minoria de empresários e banqueiros. “É preciso colocar na ordem do dia a construção do poder popular e do Socialismo”, disse Esteban Crescente, do MLC e servidor da UFRJ.

 

Apesar do grande impacto das manifestações, a imprensa local simplesmente ignorou a pauta. Nenhuma das emissoras de TV noticiou a ação dos trabalhadores, preferindo focar numa suposta bomba caseira que teria sido colocada em um dos prédios. Ou seja, preferiram criar uma ficção para desviar a atenção do público. “Fica cada vez mais claro para a população que a grande mídia é totalmente manipulada e subserviente aos interesses das elites. Para saber o que acontece nesse país, os trabalhadores precisam das mídias alternativas. Por isso, é preciso fortalecer veículos como o jornal A Verdade”, destacou Lenilda Luna, jornalista da Ufal e militante do MLC em Alagoas.

 

Os militantes do MLC reuniram-se para gravar um vídeo convocando para a Greve Geral, no dia 5 de dezembro. Veja aqui.

Fotos: Fasubra Sindical

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