A Unidade Popular (UP) chega a 2018 ultrapassando a barreira das 500 mil assinaturas de apoio coletadas em todo o país e com a importante soma de 200 mil fichas no Sistema no TSE na internet.
Mais do que nunca, agora é fundamental distribuir corretamente nossas forças para dar conta das várias tarefas e não deixar nenhum militante ocioso ou jogar muito peso numa determinada direção e subestimar outras.
Já está bastante claro para todos que entre as tarefas ligadas diretamente à campanha da UP (fora questões políticas, de finanças, de agitação, etc.) estão as de coletar as assinaturas, cadastrar as fichas no Sistema do TSE na internet e depois levá-las aos cartórios.
Porém, ainda estamos deixando em segundo plano uma das mais importantes etapas deste processo: a revisão e o envio dos lotes de apoiamentos.
Isso exige tempo e dedicação de um grupo destacado de militantes e é uma etapa que não pode esperar ou ser queimada. Se não a fizermos, não podemos entregar as fichas nos cartórios. E se não a fizermos bem, estaremos anulando várias assinaturas coletadas com muito esforço porque o Sistema identifica imediatamente erros como zona eleitoral incorreta, eleitor filiado, títulos cancelados. Sem falar que, uma vez nas mãos dos funcionários dos cartórios, cada ficha será analisada e novos erros podem ser apontados, como eleitores cadastrados com títulos de outras pessoas.
Agrupar as fichas cadastradas por zona e por ordem alfabética; comparar as fichas com a lista gerada pelo Sistema; observar com atenção o que está escrito nas fichas e fazer as devidas correções; etc.; não são tarefas simples e exigem organização, olhar cuidadoso e tempo. Ou seja: nossos coordenadores estaduais e militantes com mais domínio do Sistema devem assumir esta tarefa e é preciso considerá-la no planejamento da campanha, pois ela requer tempo, pessoas e infraestrutura (computadores, impressoras, tinta, papel, etc.). Só assim, vamos, de fato, cumprir integralmente nossas metas e reduzir os percentuais de perdas de fichas no Sistema, que ainda giram em torno de 30%.
Não podemos deixar o trabalho pela metade! Não podemos cair na ilusão de que basta cadastrar as fichas e daí nosso problema estará resolvido!
Coletar as assinaturas, cadastrar milhares delas no Sistema e não enviar os lotes aos cartórios significa impor à UP uma derrota, pois o Tribunal Superior Eleitoral vai considerar nosso pedido de registro baseado exclusivamente na quantidade de apoiamentos aptos no Sistema, e não nas fichas que tivermos guardadas em nossas sedes e casas ou mesmo nas fichas cadastradas no Sistema, mas que não forem entregues em cada cartório.
Vale lembrar ainda que, em outubro deste ano, haverá eleições no Brasil e que os cartórios terão uma demanda muito maior de trabalho até lá. Assim, é indispensável que nossos coordenadores, ao se dirigirem aos cartórios para protocolar as fichas, conversem com as chefias de cada zona e estabeleçam relações entre a UP e os funcionários, de modo a ganhar a simpatia destes trabalhadores, servidores públicos, para o nosso projeto.
Chegou a hora decisiva de aprimorar nosso trabalho e de jogar todas as nossas forças para a legalização da UP! Unidade Popular, um partido para lutar!
Rafael Freire, dirigente da UP na Paraíba