A todos os operários, mulheres, jovens e nações oprimidas.
Irmãos e irmãs,
O 1º de Maio é um dia internacional de unidade, luta e solidariedade da classe trabalhadora, é o dia em que levamos às ruas nossas bandeiras e reivindicações contra a exploração capitalista e a agressão imperialista.
Lamentavelmente, no Brasil não podemos falar de muitas mudanças positivas em nossas vidas neste último ano. Ao contrário, trabalhamos mais nas fábricas, lojas, escritórios e no campo, mas nem nossos salários aumentaram nem nossas condições de trabalho e qualidade de vida melhoraram. A maioria de nós luta para chegar até o final do mês com o pouco que ganha. Muitos de nós estão sem emprego há meses. O governo faz de tudo para diminuir o valor da aposentadoria e para aumentar o tempo necessário para nos aposentarmos. Não temos quase nenhum tempo para descansar ou tirar férias. As mulheres trabalhadoras não têm os mesmos direitos que os homens nesse sistema capitalista, que se vale do sistema patriarcal para aumentar sua exploração sobre elas.
A violência contra a mulher, a repressão e a discriminação econômica e política só crescem. A história de que “o futuro pertence à juventude” não passa de palavras vazias. Na verdade, os jovens têm cada vez mais que começar a trabalhar cedo e, por isso, abandonam a escola e temem o futuro que lhes espera.
Em muitos países, incluindo os “democráticos”, o reacionarismo político e a tendência ao fascismo crescem, assim como o racismo e os partidos de extrema-direita.
As liberdades de expressão, de reunião e manifestação, de organização política e sindical, de imprensa, etc., estão sendo restringidas. A corrupção dos governos é um câncer que já não pode ser ocultado. As liberdades democráticas estão sendo cortadas, especialmente na Europa.
Nos países do Leste europeu, os direitos e liberdades democráticas estão por um fio. As mudanças superficiais em países como a Arábia Saudita não mudam em nada essa tendência. Uma das razões pelas quais o reacionarismo político está aumentando é o fato de que cada vez é mais difícil para a burguesia governar e, por isso, esta sente uma maior necessidade de medidas extraordinárias.
A concorrência entre os monopólios capitalistas e entre os países imperialistas que exploram os trabalhadores e saqueiam os recursos naturais dos povos oprimidos está se intensificando. De alguma maneira esta rivalidade se manifesta através de guerras comerciais provocadas pela tendência de Trump ao protecionismo e pelos enfrentamentos militares. A tensão entre os EUA, por um lado, e Rússia, China e Irã, por outro, alimenta as preocupações de uma grande guerra. O mundo já não é unipolar e os Estados Unidos perderam sua hegemonia, mas seguem sendo o país imperialista mais poderoso em termos de presença econômica, política e militar em muitas partes do mundo. Sem dúvida, ainda não surgiu um rival unificado contra os EUA, ainda que existam sinais da formação de alguns blocos nesse sentido. Ao contar com o Reino Unido como aliado, os Estados Unidos buscam impor-se sobre a Europa, mas os países europeus insistem em seus próprios interesses e não aceitam a união sob a batuta dos norte-americanos através de instituições como a Otan.
A Rússia disputa com os s EUA já há algum tempo. A China procura reforçar seu poderio econômico e militar, enquanto evita um confronto aberto. A Alemanha se comporta de forma similar. O “Ocidente” respondeu a dura ação russa na Síria e na Ucrânia expulsando diplomatas russos de seus países e bombardeando a Síria com mísseis após o suposto uso de armas químicas em Duma. Estados Unidos, Reino Unido e França uniram forças contra a Rússia, enquanto a Alemanha se manteve à margem desta coalizão. A Rússia deu um passo atrás e não respondeu aos ataques. A China se limitou a condenar a ação. Estes fatos demonstram que os blocos ainda não se formaram definitivamente, mesmo que as armas sejam usadas com bastante facilidade.
Nos últimos anos, a Síria tem sido o cenário principal da luta pela hegemonia sobre o Oriente Médio e seus campos de petróleo. Atualmente, Estados Unidos, Rússia, Irã, Turquia, Israel, Arábia Saudita, Reino Unido, França e Alemanha mostram sua presença na região com suas próprias forças militares e lutam ferozmente.
No mundo capitalista, a chamada “comunidade internacional” não se preocupa com a enorme quantidade de mortes e refugiados sírios. Só pensam em impedir que esses refugiados entrem em seus países.
Entretanto, este não é um trabalho simples. Devido à pobreza e à guerra, a migração massiva do Oriente Médio, África e Ásia ocidental não pode ser detida. Os refugiados se concentram todos os dias no Mediterrâneo.
O capitalismo mostra sua face cruel em todas as ocasiões, como provam a deterioração das condições de vida e trabalho e a intensificação da exploração, assim como sua preferência pela guerra em lugar da paz.
O 1º de Maio é o dia de sair às ruas para proclamar nossas demandas contra a exploração e a agressão da burguesia internacional e do imperialismo, e nossa aspiração de um mundo sem classes e sem exploração.
O 1º de Maio é o dia de elevar nossas demandas para por fim às guerras e ao saque de recursos naturais dos povos oprimidos.
O 1º de Maio é o dia de gritar mais forte por direitos sociais, redução da jornada de trabalho e melhores salários.
O 1º de Maio é o dia de mostrar nosso poder como força unida de milhares de milhões de trabalhadores contra os capitalistas em todas as partes do mundo.
O 1º de Maio é o dia da unidade, da luta e da solidariedade internacional da classe operária.
Vamos unidos lutar por nossos direitos!
Todos unidos para acabar com a dominação da burguesia!
Viva o 1º de Maio!
Viva a unidade e a luta internacional da classe operária!
Abaıxo o capitalismo e o imperialismo!
Conferência Internacional de Partidos e Organizações Marxista-Leninistas (CIPOML)
Partido Comunista Revolucionário (PCR)
Fora Temer e o governo dos banqueiros!
Não à intervenção militar! Sim ao poder popular e ao socialismo!
Hoje, em nosso país, os trabalhadores e suas famílias sofrem com o desemprego, a falta de médicos e de leitos nos hospitais, de moradia, com a falta de verbas para a educação e com o elevado custo de vida. Enquanto isso, uma minoria, as classes ricas e seus partidos políticos se locupletam com o dinheiro público no mar de lama da corrupção.
Como se não bastasse, o governo golpista dos banqueiros roubou vários de nossos direitos com a Reforma Trabalhista e quer acabar com a aposentadoria. Pior: enquanto transfere recursos públicos para pagar juros altíssimos aos bancos privados, promove um gigantesco desemprego no país. Segundo o IBGE, 13,7 milhões de pessoas querem trabalhar e não encontram emprego. Tem mais: retirou verbas da saúde pública, da moradia e da educação para financiar uma intervenção militar que além de reprimir os pobres, causou o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.
Para a burguesia, os patrões, pouco ou nada importa o sofrimento do trabalhador; querem explorar mais e mais a classe operária para aumentar seus lucros e suas fortunas. Somente nos últimos anos demitiram 13,6 milhões de trabalhadores e agora tramam para reduzir salários, aumentar a jornada de trabalho e retirar o direito de se aposentar dos mais pobres.
Só resta para os trabalhadores e trabalhadoras o caminho da luta para transformar profundamente essa sociedade: derrubar o governo dos ricos e estabelecer o governo dos pobres, dos trabalhadores, daqueles que verdadeiramente produzem as riquezas em nosso país. O poder popular.
Há séculos que sucessivos governos em nosso país governam apenas para satisfazer os interesses das classes ricas, isto é, da burguesia, os donos das grandes fábricas, das lojas e dos latifúndios. Durante a Ditadura Militar foi ainda pior. Além da fome, do desemprego, havia tortura e assassinatos dos que lutavam pela liberdade!
O Partido Comunista Revolucionário (PCR), partido fundado por Manoel Lisboa, dirigente revolucionário assassinado pela ditadura militar em 1973 e herói do povo brasileiro, convoca à união os trabalhadores e o povo para derrotar o governo dos banqueiros e construir o poder popular e o socialismo em nosso país.
Nossa vitória é certa! A revolução vencerá!
Viva Manoel Lisboa, Amaro Luiz de Carvalho, Emmanuel Bezerra, Manoel Aleixo e Amaro Félix!
Partido Comunista Revolucionário (PCR)
Acesse: www.pcrbrasil.org