No dia 8 de Julho, ocorreu a 21ª Parada LGBT em Belo Horizonte. O evento é uma das maiores e mais antigas manifestações belorizontinas e nesse ano contou com a presença de cerca de 100 mil pessoas.
A Unidade Popular esteve presente nesse grande evento defendendo a efetivação de direitos e garantias fundamentais dessa população historicamente discriminada. Fizemos do momento um importante capítulo do Julho Vermelho, mês da grandiosa ofensiva da militância da UP na coleta de apoiamentos, coletando quase 1000 assinaturas; e, aproveitamos também para apresentar esse novo partido como um aliado na luta contra a LGBTfobia.
Essa iniciativa se deve ao fato de que lutar contra as opressões é lutar contra o capitalismo, já que a discriminação por raça, gênero e sexualidade se manifesta como uma importante ferramenta da burguesia para manter a desigualdade social, uma vez que é impossível existir exploradores sem que existam explorados. E com esse fim, as ditas minorias sociais são discriminadas todos os dias em nosso país.
Desse modo, LGBTs – através da opressão nas ruas, escolas e etc. – são obrigados a empregar-se em condições subumanas fortalecendo o dito “exército de reserva”, massa de desempregados dispostos a aceitar empregos de qualquer natureza. Essa relação entre grupos oprimidos e exploração serve para começarmos a entender a origem da LGBTfobia como instrumento da dominação capitalista.
Vale ressaltar também o papel da instituição da família burguesa nesse processo, além de fortalecer desígnios sociais através dos gêneros, perpetuar a propriedade privada a partir das heranças e assim perpetuar os desígnios de classe, a família tem participação crucial na manutenção da discriminação, tendo em vista que desde de pequenas as crianças são iniciadas nos preconceitos embutidos nos pais pelo capitalismo.
Atualmente, além do dito “exército de reserva”, a burguesia internacional e nacional viram nos LGBTs uma nova forma de exploração, desenvolvendo campanhas publicitárias e produtos voltados a LGBTs, colocando-se como apoiadores da causa apenas para aumentar seus lucros, fazendo com que essa população acredite que está ganhando espaço na sociedade, enquanto a origem do problema é sistematicamente mascarada.
Nesse sentido, a Unidade Popular pelo Socialismo surge como um parceiro decisivo na luta contra a LGBTfobia no país que mais mata LGBTs do mundo: segundo dados do Relatório do Grupo Gay da Bahia (GGB), ocorre uma morte a cada 19h! Ainda existem poucos representantes desse segmento social na política e, muitas vezes, eles se esquecem de enxergar o problema a partir da perspectiva classista.
Pelo fim das opressões que nos exploram, nos segregam e nos matam. Vai dar UP!
Redação Minas Gerais