Plenária aprova a criação de Comitê Antifascista de São Paulo e calendário de panfletagens em bairros populares

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Na ultima terça-feira (09/10), em plenária convocada pela Unidade Popular pelo Socialismo (UP), militantes de diversas organizações se reuniram para discutir o avanço do fascismo no Brasil e a grande votação no primeiro turno que recebeu o candidato à Presidência Jair Bolsonaro.

A plenária ocorreu na Casa Helenira Preta de Referência das Mulheres, organizada por meio de uma ocupação, pelo Movimento de Mulheres Olga Benario, como contou Amanda Bispo, coordenadora estadual do movimento.

Além da representante do Movimento de Mulheres, a mesa da reunião foi composta por militantes do Movimento de Luta nos Bairros (MLB) e da União da Juventude Rebelião (UJR), que iniciaram o debate com a leitura do texto “Como combater o fascismo”, publicado pela UP na tarde do mesmo dia.

Muitas avaliações diferentes sobre a situação de nosso país foram feitas pelos militantes presentes, mas todos concordaram que o momento é de radicalizar as lutas e enfrentar o fascismo nas urnas, mas não só, também nas ruas, nos bairros populares, nas portas das fábricas e onde quer que esteja nosso povo.

Reconhecendo a importância da presente luta, a militante da UJR, Isis Mustafa disse à plenária: “Todos aqui nessa sala somos lutadores que batalham para derrotar o capitalismo. O momento que estamos vivendo vai ser decisivo para definir se lutaremos em condições melhores ou piores, se vai ser eleito um fascista defensor dos torturadores da ditadura militar ou não, se nossas lideranças vão ser mortas, como foi Mestre Môa, ou não. Nosso povo está desesperado e está nas nossas mãos derrotar o fascismo nas urnas, mas também nas periferias.

O momento que vivemos exige ampla unidade dos setores progressistas conta o fascismo. Nosso povo está sendo enganado e confundido pelas mentiras da burguesia, que esconde seu programa de retirada de direitos, reformas antipopulares e massacre dos movimentos sociais atrás de um discurso de combate à corrupção e antipetismo.

Nossa tarefa agora é denunciar Bolsonaro e seu programa de retirada de direitos, que começou com a reforma trabalhista, e pretende avançar com a reformada da Previdência, denunciar a corrupção e os crimes cometidos pela ditadura militar fascista no Brasil e mobilizar amplos setores da esquerda a lutar nos bairros, conquistando a confiança das trabalhadoras e trabalhadores para virar o jogo nas urnas e ocupar as ruas contra o fascismo.

A plenária foi dedicada pelos presentes à vida e luta de Mestre Môa e aprovou a criação do Comitê Antifascista de São Paulo, composto por dezenas de militantes e organizações, para lutar contra Bolsonaro e o fascismo no Estado. Saiu da plenária um calendário unificado de panfletagens e a tarefa de organizar um grande ato antifascista na estação de trem de Mauá, na próxima terça-feira, às 17h00.

O momento é de decisão e precisamos todos lutar, lado a lado em defesa dos direitos de nosso povo e contra os retrocessos que propõem Bolsonaro e sua corja de defensores da ditadura. Como nas palavras do comandante Ernesto Che Guevara, “Se o presente é de lutas, o futuro nos pertence”.

Cadu Machado, estudante da UFABC