UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

sábado, 23 de novembro de 2024

Prefeitura do Rio corta R$ 725 milhões da Saúde

Outros Artigos

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), enviou para a Câmara de Vereadores, no final de outubro, a proposta de orçamento para 2019. Apesar de haver discreto aumento da previsão de arrecadação, são propostos cortes orçamentários na maioria das funções e órgãos públicos.

A Saúde será a área mais afetada, com redução de 12,7% em seu orçamento em relação a 2018, um total de mais de R$ 725 milhões. Em seguida, estão as áreas de Urbanismo (R$ 142 milhões), Saneamento (R$ 114 milhões) e Assistência Social (R$ 101 milhões). Em contrapartida, o orçamento da Casa Civil terá um aumento de R$ 588 milhões, boa parte para gastos com publicidade e propaganda.

De acordo com Nayá Puertas, diretora do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, o corte de verbas para a Saúde levará à extinção de, pelo menos, 300 equipes do programa Saúde da Família na capital, 25% das equipes existentes. “Serão mais de 2.400 trabalhadores demitidos e milhões de cariocas ficarão sem assistência médica”, disse.

No dia 23 de outubro, foi realizada uma grande manifestação de diversas categorias da Saúde municipal em frente à Prefeitura para cobrar o pagamento dos salários atrasados, a compra de insumos e denunciar a proposta orçamentária de Crivella, eleito com a promessa de que iria “cuidar das pessoas”.

Trabalhadores das clínicas de Saúde da Família, dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf), das UPAS Hospitais e da Coordenação de Emergência Regional (CER) foram recebidos pela Guarda Civil Metropolitana e não conseguiram sequer uma audiência com o prefeito ou com o secretário de Saúde.

“Essa é a verdadeira face do prefeito Marcelo Crivella, um político autoritário e despreocupado com o bem-estar da população”, afirma a Dra. Nayá. “Não vamos nos intimidar. enfermeiros e técnicos de enfermagem já estão em greve e os médicos entraram em estado de greve desde o dia 18 de outubro. Exigimos a recomposição do orçamento para 2019, o fim das demissões e a readmissão de todos os demitidos”.

Redação Rio de Janeiro

Conheça os livros das edições Manoel Lisboa

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Matérias recentes