A União da Juventude Rebelião (UJR) abriu seu 5º Congresso Nacional relembrando a luta dos revolucionários e revolucionárias que combateram a ditadura militar fascista e lutaram pela liberdade do povo brasileiro. A homenagem contou com a presença de Carlinhos Marighella, filho do heroico guerrilheiro da ALN; de Gregório Gould, do Partido Comunista Revolucionário (PCR), Gabriela Valentim, do Movimento de Mulheres Olga Benario, e Marcos Antônio, do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB).
Carlinhos Marighella emocionou o auditório lotado de jovens de todo o país relembrando a vida e a luta de seu pai e a atualidade de seu exemplo. Para ele, Marighella não se rendeu ao reformismo e à conciliação de classes que marcaram os anos pré-1964, travou uma intensa luta política e ideológica no interior do Partido Comunista contra as ilusões em relação à democracia burguesa e não vacilou em ir à luta quando a conjuntura assim exigiu. Sobre o papel da juventude, Carlinhos disse que espera que “os jovens não percam a vontade de lutar, a vontade de resistir e o desejo de vencer”.
Em seguida, Gregório Gould falou de outro exemplo de revolucionário, Manoel Lisboa, fundador e um dos principais organizadores do PCR. “Manoel Lisboa, assim como Marighella, não se acovardou diante da repressão das forças armadas e foi incansável na construção do Partido que, para ele, era o instrumento fundamental da luta da classe trabalhadora contra a exploração, a ditadura e o capitalismo”.
Na mesma linha, Gabriela Valentim, do Olga, falou da necessidade de intensificar a mobilização e os enfrentamentos contra os ataques aos direitos dos trabalhadores, das mulheres e da juventude, e lembrou do exemplo de importantes lutadoras baianas, como Luiza Mahin e Maria Filipa de Oliveira, “heroínas esquecidas nos livros de história, mas que muito fizeram pela libertação do povo negro e contra a colonização”.
Por fim, o companheiro Marcos Antônio, do MLB, denunciou a violência do Estado e do crime organizado nas periferias das cidades brasileiras, que tem como principal alvo a juventude negra e o povo pobre.
Foi nesse clima de entusiasmo revolucionário que delegados vindos das cinco regiões do Brasil deram início ao 5º Congresso Nacional da UJR. Até domingo serão debatidas as teses sobre a organização e as tarefas da juventude na luta contra o fascismo.
Katerine Oliveira, Coordenação Nacional da UJR