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sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Quem és tu, Copacabana?

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Copacabana é um bairro da cidade do Rio de Janeiro conhecido mundialmente por suas praias e pelo calçadão de pedras portuguesas formando belos desenhos em ondas. Reverenciado na música “Princesinha do Mar”, do maestro Tom Jobim, o bairro também reflete as desigualdades econômicas e sociais do país em suas ruas.

Nas encostas dos morros que cercam a região encontram-se as favelas do Pavão-Pavãozinho, Cantagalo, Ladeira dos Tabajaras e Morro dos Cabritos, entre outras. Em suas avenidas, fartas em lojas, bares, restaurantes, praças, cinemas e cafés frequentados por turistas e pela pequena burguesia carioca, encontramos muitas pessoas ao desalento, abrigadas nas calçadas e praças, mendigando e se alimentando de restos encontrados no lixo.

Também chama a atenção a concentração de idosos brancos acompanhados dos seus cuidadores negros. Como não se lembrar das imagens da época da escravatura que vemos nos livros de história?

Contrastes

Copacabana é um bairro de contrastes. Nas ruas do entorno das favelas pulula o comércio informal: barracas de óculos, sapatos, roupas, comidas e brinquedos denunciam a luta diária de seus moradores pelo pão de cada dia.

Não é raro ver essa harmonia da vida do asfalto com a do morro ser interrompida por rajadas de metralhadoras e tiros de fuzil vindos do temido BOPE, os “homens de preto”, numa “guerra” sem fim e sem sentido contra o tráfico de drogas.

Sim, em Copacabana, na zona sul, essa violência também existe! Afinal, a violência pregada pelo governador Wilson Witzel e pelo presidente Jair Bolsonaro precisa estar presente em cada favela para justificar a política do medo e do extermínio promovida contra negros, pobres, nordestinos e favelados na “cidade maravilhosa”.

Por outro lado, a Avenida Atlântica, parte nobre do bairro, mais se parece com um oásis onde a miséria não se revela diante dos turistas que percorrem as areias e o famoso calçadão a beira mar.

Cantada em verso e prosa por artistas como Braguinha, Tom Jobim, Gal Costa, Roberto Carlos, entre outros, Copacabana, de tantos encantos e belezas naturais, não consegue esconder suas ruas povoadas de tamanhas injustiças sociais.

Denise Maia, Rio de Janeiro

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2 COMENTÁRIOS

  1. “O ESTADO FUJÃO”
    *aponto de vista: no meu entender a CONSTRUÇÃO DE BRASILIA como centro do poder nacional poderia ser em qualquer lugar do continente, não necessária-mente teria que ser (em goiás) no centro geográfico, mas “a elite brasileira” histórica-mente quer DISTÂNCIA DA POBREZA DO PAIS, para “vender uma imagem” de um pais Justo e centrado na boa administração Social, Econômica, Ambiental,..e utilizar como “reserva de cotigência” quando necessário, para votar, para realizar estatíticas manipuladas,..ENTÃO, os Pobres Tem que Residir Distante desta Oligarquia Histórica dos “donos do brasil”, que em resumo O CAOS URBANO NO RIO DE JANEIRO FOI CONSTRUÍDO POUCO A POUCO POR UM ESTADO OMISSO QUE NUNCA PLANEJOU SIQUER NÚCLEOS DE MORADIA PARA “A SOBRA DE GUERRA” DO PARAGUAI, CANUDOS,..então; o estado Nunca quís FAZER NADA nesta conjuntura é mais vantajoso & econômico Fugir,…

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