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sábado, 16 de novembro de 2024

Aumento do preços das passagens pega trabalhadores de surpresa em Mogi das Cruzes

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Foto: Eisner Soares/O Diário de MogiAUMENTO Uma briga judicial percorre a cidade pelo preço das passagens de ônibus, enquanto isso, os(as) trabalhadores(as) seguem pagando altos valores para andar em um transporte precarizado.


MOGI DAS CRUZES Apenas 10 dias após decisão da Vara da Fazenda Pública de Mogi das Cruzes, que havia reduzido a tarifa municipal de R$4,50 para R$4,25 no dia 03/07, o preço das passagens volta a subir após revogação da decisão. A decisão havia sido tomada em função da diminuição do valor do ISS (Imposto Sobre Serviço) concedida até 2021 às empresas que operam o transporte no município da região do Alto Tietê.

As empresas de capital privado que atuam no setor, Princesa do Norte e a CS Brasil, em um primeiro momento afirmaram que cumpririam a decisão expedida, mas que recorreriam.

Como afirmado anteriormente, a redução do preço das passagens foi revogada, voltando para o preço de R$4,50 já na manhã do último sábado (13), atendendo aos interesses dos capitalistas do ramo, em detrimento dos interesses da ampla maioria da população que necessita do meio de transporte para se locomover diariamente pela cidade. Mais uma vez o chamado “poder público” mostra sua real face de defensor dos lucros dos empresários, ao invés de ser o órgão defensor daqueles que efetivamente dão lucratividade às empresas do setor: as trabalhadoras e trabalhadores usuários do serviço.

Importante destacar que as empresas Princesa do Norte (pertencente ao Grupo Comporte) e CS Brasil (pertencente ao Grupo Júlio Simões), foram multadas em R$725 mil no ano de 2017 em função de atrasos no cumprimento dos horários e de ônibus quebrados. A classe trabalhadora paga cada vez mais caro para usufruir de um serviço que ela mesma sustenta e ainda assim se vê prejudicada perante a força do capital. 

Podemos concluir que a máxima de que o Estado capitalista é o comitê de negócios da burguesia é atual. Não há capitalismo sem Estado (como supostamente propõem os neoliberais mais radicais), já que o Estado e todo seu aparato jurídico – a “justiça” – são, em última instância, somente órgãos à serviço de uma dúzia de patrões que além da mais-valia que extraem de seus empregados, manipulam e decidem por fim as questões da vida econômica, já que eles são a classe dominante e que por isso efetivamente detém o poder político. O Estado financia o lucro privado com dinheiro público.

Diante desse panorama no município, resta ao proletariado de Mogi construir e desenvolver seus instrumentos de luta na reivindicação e conquista de seus direitos. Para isso, se faz urgente romper com ilusões burocráticas que não exigem que a classe trabalhadora se levante e vá para as ruas, exija de seus sindicatos e lideranças e faça com suas próprias mãos o seus interesses valerem.

Só a luta muda a vida e só a unidade e independência política da classe trabalhadora fazem a luta avançar!

Pedro Dragoni
Unidade Popular Pelo Socialismo – Alto Tietê

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