O Império Britânico e o Genocídio Paraguaio é uma produção das Edições Manoel Lisboa do escritor Wanderson Pinheiro, da Unidade Popular Pelo Socialismo.
Redação
Jornal A Verdade
Foto: Talita Rosa/Jornal A Verdade
PORTO ALEGRE – No dia de 20 de Setembro, dia histórico para os gaúchos, a militância da Unidade Popular pelo Socialismo reuniu-se para celebrar e confraternizar a data de um modo não convencional e simbólico, típico apenas para a resistência: no bar do JUSTO, espaço alternativo e que recebe atividades culturais na capital, realizamos o lançamento do livro “O Imperialismo Britânico e o Genocídio Paraguaio”, com a presença do autor e também militante e membro do diretório Nacional da Unidade Popular, Wanderson Pinheiro.
A data foi simbólica para debater com a militância o papel do imperialismo no passado e no presente, o como existem governos e nações que dedicam seus esforços para expropriação das riquezas naturais, econômicas e até mesmo para dizimar os povos originários de determinadas regiões, como ocorreu no Paraguai e também ocorre no Brasil até hoje.
O debate, bem como a exposição didática e sensível do autor, nos possibilitou uma reflexão essencial para os dias atuais, principalmente para entender o papel do Brasil em conflitos como a Guerra do Paraguai e a nossa responsabilidade enquanto nação e organização política (UP) que combate toda a forma de discriminação e dominação dos povos pelo imperialismo.
Nas palavras de Wanderson, O Brasil foi “co-responsável” pelos desastres empregados pelo imperialismo sob a nação paraguaia. Por posições políticas equivocadas e principalmente pela “ilusão” de ser um país economicamente mais rico que os demais da América Latina e pela vasta extensão territorial, o país colocou-se ao lado dos exploradores e não dos explorados, apoiando o enfraquecimento da economia do país, o empobrecimento da população e o confisco de riquezas naturais.
A partir da discussão, uma questão nos ficou lúcida, em política não podemos nos enganar. A história da sociedade é como bem disse Karl Marx, a história da luta de classes, e, portanto, opera sob uma hegemonia ideológica, que no regime capitalista, é contrária a autonomia dos povos. Além disso, uma boa analogia pôde ser feita em relação à situação das potências imperialistas hoje, onde Estados Unidos e China disputam seja através dominação de territórios ou, pela colocação de suas fábricas onde a classe trabalhadora está mais empobrecida, e, portanto a mão-de-obra é mais barata. Além disso, a leitura e a explanação reforçam nossa convicção e apoio a nações oprimidas como os povos da Venezuela e Cuba, que sofrem diários ataques do imperialismo americano e estão vivendo sob constante ameaças de guerras.
Se no dia 20 de setembro lembram-se em nosso Estado sempre os “heróis farroupilhas”, nós, da Unidade Popular RS, somos a geração que busca manter vivo o legado dos lanceiros negros, como memória latente dos que lutaram e dos povos que são os verdadeiros construtores da América Latina! Sabemos que os heróis dos ricos, da grande burguesia, não podem ser os nossos heróis! Por isso a leitura de O Imperialismo Britânico e o Genocídio Paraguaio é urgente, necessária para que jamais os pobres, os explorados e os trabalhadores lutem contra seus iguais, mas sim, lutem pela libertação dos povos e a real independência das nações, que só é possível com a luta incansável pelo Socialismo.