Os portuários do Pará paralisaram os trabalhos em defesa de direitos conquistados historicamente, que hoje estão ameaçados pelo governo federal e pela empresa.
Redação e Raquel Brício
Jornal A Verdade
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PARA – Os portuários da Companhia Docas do Pará (CDP) estão paralisando as bases e demais locais de trabalho hoje (26), segundo o Movimento Luta de Classes, os principais portos do estado estão paralisados. O sindicato diz que a paralisação nos portos se dá pela necessidade de defender direitos historicamente conquistados pela categoria.
A Companhia suspendeu um longo processo de negociação de Acordo Coletivo por orientação do governo federal, e apresentou uma proposta que altera e retira cláusulas que foram conquistadas há quase 30 anos. Estas alterações representam uma redução entre 31% e 35% na remuneração dos trabalhadores. O que garante o aumento do poder econômico da burguesia, principalmente com a recorrente política de privatizações do governo federal, enquanto que leva a categoria para ainda maior precarização e redução da qualidade de vida dos operários e operárias, não deixando outra escolha aos portuários senão a sua própria organização.
A categoria já determinou que caso a empresa se manter inflexível em relação à paralisação dos trabalhadores(as), greve será deflagrada na segunda-feira (30) por tempo indeterminado. Dalton Beltrão, presidente do Sindicato dos Portuários do Pará e Amapá explica as razões da paralisação dos trabalhadores.
A categoria está unificada e faz parte da Frente de Luta Contra as Privatizações. Em total oposição às atuais políticas de privatização do Paulo guedes, Ministro da Economia do Presidente fascista, Jair Bolsonaro.
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Além do Movimento Luta de Classes (MLC), outros movimentos sociais já manifestaram apoio à paralisação da categoria. O Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) publicou em conjunto com a Unidade Popular Pelo Socialismo (UP) seu apoio nas redes sociais. Além disso, outras categorias apoiaram através de suas representações sindicais. A paralisação tem apoio dos sindicatos dos petroleiros, estivadores, arrumadores e aeroportuários.
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