Em meio a greve nacional da educação, os estudantes da USP foram até os bairros para divulgar o Jornal A Verdade.
André Molinari
Foto: André Molinari/Jornal A Verdade
SÃO PAULO – Nessa quarta-feira (02) de greve na educação, os estudantes da USP militantes da Unidade Popular pelo Socialismo e colaboradores da Jornal A Verdade saíram nas ruas da favela São Remo para denunciar os bandidos do agronegócio e a exploração e precarização que estão submetidos os trabalhadores terceirizados da maior universidade da América Latina.
A São Remo, uma favela colada na Universidade de São Paulo, abrigou os trabalhadores que construíram o campus principal da universidade e hoje abriga diversos funcionários e trabalhadores, é raro encontrar uma família onde ninguém tenha trabalhado na USP.
Foto: André Molinari/Jornal A Verdade
Nesse claro contraste, entre trabalhadores de uma universidade, que não podem usufruir dela, e de um espaço academicista e elitizado a juventude do Movimento Correnteza, da UP e do Jornal A Verdade entrou na São Remo, fazendo o que outros julgariam impossível na atual conjuntura: falar de construir uma revolução socialista e por o nosso povo no poder.
Distribuindo panfletos, convidando os moradores para escrever ao jornal e debatendo com eles sobre a conjuntura a nossa juventude combativa percebeu algo. Para a surpresa daqueles que falaram de se “esconder” quando o miliciano Jair Bolsonaro assumiu, o povo se mostra revoltado e disposto a levar até a últimas consequências a luta pelos seus direitos.
Foto: André Molinari/Jornal A Verdade
Se viu também a solidariedade que os trabalhadores tem. Um exemplo muito forte disso foi quando um borracheiro, muito empolgado com o jornal, comprou para seus colegas que não tinham dinheiro e ainda doou mais para o jornal! Mostrando que as tentativas de mostrar a população brasileira como ignorante, mesquinha e egoísta é uma das maiores mentiras que existe, ainda mais porque essas características pertencem à classe burguesa. Combater essas demagogias é crucial; Lênin acertadamente disse uma vez: “…não me cansarei de repetir que os demagogos são os piores inimigos da classe operária”.
A nossa juventude e o Jornal A Verdade mostram mais uma vez como se combate a demagogias burguesas e expõem na prática o porquê do nome do jornal ser “A Verdade”. O povo está revoltado e em cada momento a contradição de classe no Brasil se mostra mais clara, facilitando elevar a consciência das classes trabalhadoras brasileiras. É urgente se organizar e lutar pela construção de uma nova sociedade, a sociedade socialista.
Fotos: André Molinari/Jornal A Verdade