Mais sangue operário é derramado por conta de más condições de trabalho na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Capitalistas são responsáveis.
Redação
Jornal A Verdade
Foto: Reprodução/Facebook
SÃO PAULO – Na madrugada de quinta-feira (2), um ferroviário da CPTM morreu durante atendimento de uma falha no sistema elétrico. Técnico de manutenção, Robson Eduardo Gomes tomou uma descarga elétrica de 3 mil volts ao abrir a porta de uma subestação de energia em Júlio Prestes, Linha 8 da CPTM. Trabalhadores que acompanhavam o serviço afirmaram que havia uma infiltração na sala e que, devido à chuva, jorrava água pela porta, deixando a maçaneta molhada.
É flagrante a negligência da CPTM quanto às condições de trabalho. Muita infiltração, equipamentos antigos, estruturas bem desgastadas já são situações comuns para os ferroviários. A Linha 8 é uma das que o governo estadual pretende privatizar. O sucateamento observado na ferrovia, aprofundado no governo Dória, deixa claro o interesse dos governos do PSDB de entregar serviços públicos à iniciativa privada para servir de fonte de lucros a consórcios de empresas.
Robson tinha 30 anos, era casado e tinha dois filhos. O Movimento Luta de Classes se solidarizou com seus familiares e amigos e exige uma apuração rigorosa do ocorrido.